Seguidor do Chicago blues de Muddy Waters e Howlin' Wolf, o guitarrista sofria de enfisema e problemas cardíacos
O blues está de luto com a morte de Magic Slim, guitarrista e ícone do gênero, aos 75 anos, nesta quinta-feira, 21, na Filadélfia, Estados Unidos. A informação foi dada pelo empresário do músico, Marty Salzman, à agência Reuters.
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Magic, um fumante convicto, sofria de enfisema pulmonar e doenças cardíacas. As doenças se agravaram e o forçaram a abandonar a turnê com a banda dele, The Teardrops, em janeiro deste ano, para se tratar.
Nascido como Morris Hold, em Grenada, Mississippi, o garoto logo se interessou por piano, mas foi obrigado a abandonar o instrumento depois que perdeu o dedo mínimo da mão direita em uma máquina de colher algodão.
Aos 18 anos, ele foi para Chicago pela primeira vez. Foi lá que conheceu seu mentor, Magic Sam, o responsável pelo apelido que acompanhou o guitarrista pela vida toda. Sam ofereceu a Slim uma vaga de baixista no seu grupo.
Não muito bem quisto pelo resto dos companheiros de banda, Slim voltou para o Mississippi e se uniu ao irmão, Nick, que estava interessado em tocar baixo. Juntos, eles criaram o The Teardrops.
O primeiro disco veio em 1966. Logo, ele entraria no panteão dos grandes guitarristas e cantores do Chicago blues, seguindo os passos de Muddy Waters e Howlin' Wolf. Com uma técnica única de conseguir unir slide e vibrato, com seus dedos batendo nas cordas e voz profunda, ele gravou mais de 30 discos.
"Provavelmente, não há outro bluesman com um repertório tão grande quando o de Slim", disse o empresário.