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Integrante do Pussy Riot afirma que o grupo ainda quer derrubar Vladmir Putin

Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova participaram de uma coletiva em Moscou na última sexta-feira, 27

Redação Publicado em 29/12/2013, às 18h51 - Atualizado às 18h58

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Nadezhda Tolokonnikova (Pussy Riot) - AP
Nadezhda Tolokonnikova (Pussy Riot) - AP

Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova, duas das três integrantes do grupo Pussy Riot, ainda querem derrubar o presidente da Rússia, Vladmir Putin. Ambas foram condenadas à prisão em agosto de 2012 e libertadas na segunda-feira, 23, em decorrência da nova lei de anistia russa, aprovada por 446 de 450 deputados nas últimas semanas.

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As artistas foram detidas junto a Yekaterina Samutsevich depois de as três terem sido acusadas de vandalismo e incitação ao ódio religioso por terem realizado, em fevereiro de 2012, uma “oração punk” na catedral de Moscou contra o governo repressor do presidente Putin. Yekaterina foi libertada poucos meses depois, já que foi declarado que ela havia sido interceptada por guardas da catedral, o que a impediu de participar efetivamente do ato. Nadezhda, que estava em uma casa de detenção na Sibéria, foi solta poucas horas depois de Maria.

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Maria e Nadezhda participaram de uma coletiva de duas horas e meia em Moscou na manhã da última sexta-feira, 27, na qual afirmaram que a soltura não influenciou nos planos do grupo, que pretende continuar lutando contra o governo abusivo estabelecido pelo presidente russo. “Em relação a Vladmir Putin, ainda nos sentimos da mesma maneira”, afirmou Nadezhda. “Ainda queremos fazer o que dissemos na nossa última performance, pela qual passamos dois anos na prisão: mandá-lo embora”. Contudo, Maria e Nadezhda não disseram como pretendem tirar Putin do poder.

Em uma recente conversa com a Rolling Stone EUA, Maria Alyokhina disse não saber exatamente qual o futuro da Pussy Riot, mas que elas pretendem, juntas, formar uma organização de defesa dos direitos humanos. “Vamos usar a transparência de recursos da mídia para revelar problemas, com foco nas prisões, mas talvez também de maneira mais geral.”