Maria Alyokhina decidiu parar de se alimentar depois que teve a audiência para pedido de liberdade condicional negada
Maria Alyokhina (à esquerda, na foto), integrante do Pussy Riot, foi hospitalizada após completar uma semana de greve de fome na prisão. O marido dela e as companheiras de banda contaram à The Associated Press que Maria foi transferida para uma unidade hospitalar dentro da colônia penal em Ural Montains, onde ela é mantida presa.
Na última semana, a roqueira deu início a uma greve de fome em protesto à recusa da corte russa em lhe permitir uma audiência para o pedido de liberdade condicional. A corte depois rejeitou o pedido porque ela não parecia ter se arrependido dos crimes.
Maria e outras duas integrantes do Pussy Riot foram sentenciadas a dois anos de prisão em agosto de 2012. Elas foram condenadas por “vandalismo motivado por raiva religiosa” após uma performance realizada dentro da principal catedral de Moscou contra o presidente russo Vladmir Putin.
Os advogados da integrante da banda publicaram uma carta escrita à mão pela própria na segunda-feira, 27, na qual ela revelava que os oficiais da prisão estariam tentando fazer com que as outras presas se virassem contra ela ao intensificarem as normas segurança depois que ela pediu pela audiência para a liberdade condicional.
Anteriormente, por exemplo, as outras presas podiam entrar e sair do local de trabalho livremente. Agora, todas precisam ser escoltadas. A espera, que pode levar uma hora, nega o acesso rápido ao atendimento médico caso alguma delas se acidente durante a atividade - a confecção de uniformes.
Maria diz que outras injustiças são cometidas contra ela durante esse período de aprisionamento, que incluem cinco meses de confinamento em uma cela solitária e ter sido colocada com outras criminosas incentivadas a intimidar a roqueira. Além disso, eles teriam escrito relatórios psiquiátricos falsos sobre ela.
Recentemente, os juízes removeram diversas reprimendas arquivadas contra ela.