Juíza alegou que Nadezhda Tolokonnikova “deixou de cumprir algumas regras de comportamento”
Nadezhda Tolokonnikova, do Pussy Riot, teve o seu pedido de liberdade condicional negado nesta sexta, 26, e continuará na prisão, onde ela deverá ficar por dois anos no total, como foi sentenciada após as acusações de vandalismo motivado por ódio religioso.
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Nadezhda, que foi presa em março de 2012 ao lado de outras duas integrantes da banda, por causa de uma “oração punk” – um protesto contra o presidente russo Vladmir Putin na principal catedral de Moscou – poderia ser liberada antes do previsto depois de ter cumprido metade da sentença.
Contudo, segundo a agência de notícias Associated Press, a juíza do caso Lidiya Yakovleva concluiu que ela não merecia a liberdade condicional porque “deixou de cumprir algumas regras de comportamento” durante a sua estadia no cárcere.
Um depoimento vindo da colônia penal listou algumas irregularidades comportamentais dela, como, por exemplo, não dizer “bom dia” ao oficial da prisão enquanto ela estava no hospital, e que, certa vez, a musicista precisou ser punida por se recusar a sair da cela para caminhar enquanto estava presa em Moscou.
Ele ainda descreve Tolokonnikova como “insensível a éticas e consciência e que pensa apenas nela mesma”. Tolokonnikova disse à corte que a colônia penal se opôs à liberdade condicional porque ela “não se arrependeu”.
A advogada da integrante do Pussy Riot Irina Khrunova disse que irá apelar contra a decisão alegando que a juíza não permitiu que a equipe de defesa fizesse seu pronunciamento final.