A banda punk russa diz que as sentenças mostram que Putin está “com medo”
Um advogado das integrantes da banda punk russa Pussy Riot recorreu da condenação das artistas, que foram acusadas de “vandalismo” por causa de um protesto contra o presidente Vladimir Putin em uma catedral de Moscou este ano. As informações são da agência Reuters. Elas afirmam que estão mais comprometidas do que nunca com o objetivo de tirar o presidente do poder.
Nadezhda Tolokonnikova, de 22 anos, Maria Alyokhina, de 24 anos, e Yekaterina Samutsevich, de 30, foram sentenciadas cada uma a dois anos de prisão por causa de sua manifestação com uma “oração punk” anti-Putin, em fevereiro, na Catedral Cristo Salvador de Moscou. O advogado delas, Nikolai Polozov, diz que ele duvida que a corte vá voltar atrás na condenação. "Se a corte obedece a lei, não vai descartar o veredito", diz Polozov, "mas sendo realistas, entendendo todos os esforços feitos pelo estado nesse caso, o veredito não será revertido."
Diversos músicos como Paul McCartney, Madonna e Red Hot Chili Peppers se manifestaram em favor do Pussy Riot no caso que alegam ser politicamente motivado para que seja reprimida a dissidência ao presidente Putin.
A polícia russa está a procura de outras integrantes do grupo, sendo que duas delas saíram do país no fim de semana. A roqueira Yekaterina Samutsevich, que foi presa, disse ao jornal The Guardian que o julgamento aumenta a pressão por mudanças.
“Nosso veredito mostra como o regime de Putin está com medo de qualquer um que questione sua legitimidade”, disse, em resposta a perguntas escritas enviadas por meio do advogado da banda.
Yekaterina disse que por ora o futuro do Pussy Riot é incerto, embora o empenho por mudanças políticas tenham crescido. “Nós, assim como muitos cidadãos do país, estamos desejando cada vez mais que Putin perca o monopólio do poder, já que sua imagem não aparenta mais ser tão completa e terrível”, escreveu.