O país vai subsidiar o longa para contar a versão deles dos fatos ocorridos em 1979, quando um grupo de norte-americanos foi sequestrado no país
O governo iraniano subsidiará um filme que será uma espécie de resposta à história contada em Argo, filme indicado ao Oscar, dirigido e estrelado por Ben Aflleck. Em 1979, um grupo de norte-americanos foi feito de refém no país e, segundo as autoridades do Irã, a produção de Hollywood mostrou uma “visão deformada" do ocorrido. As informações são da agência France Press.
Entrevista: "Eu experimentei a minha vida como uma série de altos e baixos", diz Ben Affleck.
"O roteiro de Setad Moshtarak [Os Chefes do Estado-Maior, em farsi] foi aprovado e aguardamos o orçamento para iniciar as filmagens", declarou o cineasta iraniano Ataollah Soleimanian para a imprensa local. O filme "narra a libertação de 20 reféns americanos pelos revolucionários iranianos no início da Revolução", disse ainda.
“Pode ser uma resposta apropriada à visão deformada de alguns filmes, como Argo", acrescentou ele. O sequestro em questão durou 444 dias e foi a causa do rompimento das relações entre os Estados Unidos e o Irã.
No vencedor do Globo de Ouro Argo, é narrado como o governo norte-americano fez para tirar do Irã seis diplomatas que escaparam e estavam refugiados na casa do embaixador Canadense. Um plano mirabolante, mas verídico, fez com que fosse montada uma estrutura de produção cinematográfica para convencer os iranianos de que a equipe de extradição estava no Irã para observar locações para rodar um longa. Argo foi proibido no Irã, mas existem algumas cópias piratas.