Itália bane site pirata, mas acessos no país continuam

E mais: provedores ingleses pagam músicas por seus usuários; iTunes pode ganhar imposto

Da redação

Publicado em 17/08/2008, às 17h33

Nesta semana, três países diferentes tomaram medidas em relação ao comércio e pirataria digital de música. O governo italiano obrigou todos os provedores a bloquear o acesso de seus internautas ao Pirate Bay, maior portal de torrents da rede.

Além disso, A Virgin Media inglesa anunciou que pode começar a cobrar uma taxa a mais em suas assinaturas, que serviriam para cobrir os direitos autorais não pagos por internautas piratas. Já nos EUA, a discussão gira em torno do ressurgimento do projeto de lei que inclui um imposto sobre o preço de qualquer música ou filme vendido no iTunes. A medida também serve para compensar a perda de dinheiro das indústrias fonográfica e cinematográfica por causa dos downloads ilegais.

A Virgin Media começou a emitir comunicados a seus usuários piratas no começo de julho, avisando que se as práticas ilegais de download continuassem, eles seriam expulsos. Foi pela falta de resultados na ação que a Virgin decidiu compensar as gravadoras já inserindo uma taxa fixa adicional em sua mensalidade.

Peter Sunde, fundador do Pirate Bay, acusou o governo italiano de ser facista: "Estamos acostumados com países facistas, que não permitem a liberdade de expressão. Muitas nações menores têm ditadores que bloquearam nosso site por estarmos espalhando informações prejudiciais a ditaduras".

Mesmo com a proibição, o The Pirate Bay continua a funcionar na Itália. O cliente de torrents está sendo acessado através de um mirror, o Labaia.org. Além disso, milhares de internautas estão usando IPs não rastreáveis para burlar a lei de Berlusconi.