Na década de 1990, o maior astro de ação lutava contra um vício intenso em cocaína, gastando mais de US$ 10 mil em pó por dia
Mais de uma década após o lançamento de Street Fighter, um live-action que se sustenta majoritariamente com cenas de luta e frases de efeito, o diretor Steven de Souza revelou ao jornal The Guardian que as gravações foram tão caóticas quanto o produto final.
Na tentativa de adaptar o renomado jogo de videogame para as telinhas, atores levavam socos e brincavam com facas de verdade, ao passo que Jean-Claude Van Damme, o astro do filme (e o maior astro de ação da época), estava “cheirado” quase o tempo todo.
Nos anos 1990, o intérprete do Coronel Guile estava lutando contra um vício intenso em cocaína, cheirando cerca de US$ 10 mil de pó por dia.
“Eu não podia falar sobre isso na época, mas agora posso: Jean-Claude estava cheiradaço”, disse Souza ao The Guardian. “O estúdio tinha contratado um cara para tomar conta dele, mas infelizmente o próprio cara era uma má influência. Jean-Claude disse tantas vezes que estava doente e não podia trabalhar que estávamos sempre procurando outras coisas no roteiro para filmar; eu não podia ficar sentado horas lá esperando por ele.”
Veja Jean-Claude Van Dame como Coronel Guile abaixo:
Ainda de acordo com o cineasta, outros fatores também transformaram o set de Street Fighter numa “tempestade tropical de merda”. A equipe havia gastado a maior parte do orçamento contratando Van Damme e Raul Julia (que dá vida ao General Bison), ou seja, eles não tinham tempo ou dinheiro para preparar o elenco antes das cenas de luta.
Por fim, eventualmente a produção foi concluída e, apesar de duras críticas, Street Fighter arrecadou US$ 105 milhões em bilheteria.
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