Cantora se defende das críticas ao dizer que desconhecia que o país enfrentava problemas relacionados à violação de direitos humanos
Jennifer Lopez se apresentou na noite de sábado, 29, para o presidente do Turcomenistão, país descrito pela ONG Human Rights Watch como um dos mais repressivos do mundo. De acordo com o jornal The Guardian, após um pedido de última hora feito pelos anfitriões, J. Lo cantou “Happy Birthday” para o presidente Gurbanguly Berdymukhamedov durante a performance.
O show foi realizado durante a festa de comemoração do 56º aniversário de Berdymukhamedov em um resort de Avanza, zona turística do país localizada na costa do Mar Cáspio. O evento foi organizado pela empresa chinesa semiestatal de extração de petróleo China National Petroleum Corporation, que alega ser a responsável pela visita da cantora.
Em relatório de 2012, a Human Rights Watch, organização não-governamental voltada aos direitos humanos, retrata Berdymukhamedov como um líder autoritário que limitou o acesso à informação no país e a possibilidade de os cidadãos saírem de lá.
“O país permanece fechado para uma análise independente. A mídia e a liberdade religiosa são alvos de restrições draconianas. Os defensores dos direitos humanos enfrentam uma ameaça constante de represália do governo”, diz o relatório. “O Comitê das Nações Unidas expressou a preocupação por conta da tortura generalizada, dos maus-tratos e dos desaparecimentos forçados sob custódia.“
Em declaração à agência Associated Press, um representante disse que J. Lo nunca se apresentaria no Turcomenistão se ela soubesse dos problemas relacionados a direitos humanos enfrentados no país.