Autora de 'Harry Potter' publicou novo ensaio em que declara a luta pela causa trans como o "maior assédio" que já presenciou aos direitos femininos
JK Rowling voltou a atacar a população trangênero. Desta vez, a autora da série Harry Potter o fez em um artigo, publicado no The Times, em que afirma que a luta pelos direitos trans é o "maior assédio" que presenciou na vida aos direitos femininos.
O ensaio em questão deverá integrar o livro The Women Who Wouldn't Wheesht (algo como As Mulheres Que Não Calam), que vai tratar da luta pelos direitos das mulheres na Escócia (via Yahoo! News). O texto de Rowling, reproduzido na íntegra no Times, se chama "JK Rowling: Why I decided to stand up for women" ("JK Rowling: por que decidi defender as mulheres", em tradução livre), e fala da decisão da autora por se posicionar publicamente contra a causa trans:
"Eu me envergonharia pelo resto de meus dias se não o fizesse", escreve a britânica de 58 anos.
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"Eu acabei entendendo que o movimento sócio-político que insiste que 'mulheres trans são mulheres' não é gentil, nem tolerante, mas de fato profundamente misógino, regressivo, perigoso em alguns de seus objetivos e claramente autoritário em suas táticas."
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A autora ainda declarou a luta pela juventude trans como um "escândalo médico terrível" e disse que sua insistência em tratar publicamente do tema a gerou "dor crônica", mas que não se arrepende de fazê-lo:
"Se sinto qualquer arrependimento, de fato, é de não ter falado [sobre isso] muito antes."
JK Rowling, conhecida pela autoria de séries como Harry Potter e Animais Fantásticos, tornou-se uma das mais conhecidas e potentes vozes em oposição aos direitos da população transgênero. Desde 2019, ela ampliou sua luta contra a causa trans, apesar de negar as acusações de transfobia.
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Mesmo pessoas ligadas a sua obra, como os atores Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, os protagonistas da série Harry Potter no cinema, já se posicionaram a favor dos direitos de pessoas trans - uma reação da indústria também abordada por Rowling em seu ensaio.
"Pessoas que trabalharam comigo correm para distanciar-se de mim, ou para fazer suas condenações públicas às minhas visões blasfêmicas (apesar de que eu devo dizer que muitos de meus antigos e atuais colegas seguem firmes apoiadores)", escreve. "A questão é que aqueles ofendidos por minhas posições normalmente falham em compreender o quão desprezíveis eu acho as suas."