John Lightow explica como personagem em Conclave tenta 'persuadir' o público
O ator interpreta Joseph Cardinal Tremblay no longa-metragem de Edward Berger sobre o processo de escolha do novo papa da Igreja Católica
Pedro Figueiredo (@fedropigueiredo)
Publicado em 08/01/2025, às 11h49Atenção: O texto a seguir contém spoilers sobre a trama do filme
Conclave (2024), do diretor Edward Berger, é um dos filmes que têm sido comentado com alguma frequência na temporada de premiações da indústria. O longa-metragem que explora as intrigas políticas por trás da escolha de um papa conta com grandes nomes no elenco, como Ralph Fiennes, Isabella Rossellini, Stanley Tucci e John Lithgow, responsável por interpretar Joseph Cardinal Tremblay, uma figura importante para a trama.
Tremblay e Thomas Cardinal Lawrence — interpretado por Fiennes — vivem um conflito desde a morte do papa. O trabalho de Lawrence é administrar o conclave para selecionar um novo papa e Tremblay é um dos poucos cardeais-chave que disputam. Lithgow explicou durante uma sessão de perguntas e respostas que queria enganar o público o máximo que pudesse.
“As probabilidades estavam contra ele desde o começo”, sugere o ator. “Não precisa ser explicado no filme, mas ele é o Cardeal Camerlengo. Ele tem uma posição oficial real no Colégio dos Cardeais, que é administrar as receitas e propriedades do Vaticano. Quero dizer, é como uma posição gigantesca de CFO, extremamente importante. E em um filme como este, você simplesmente sabe que esse tem que ser o vilão.”
“Provavelmente foi uma boa ideia não termos explicado a palavra carmalengo porque isso teria revelado tudo. Então, eu estava sempre tentando pensar, constantemente persuadir as pessoas de que sou inocente pelo drama da história, mas também porque provavelmente era assim que Tremblay estava constantemente se comportando como Carmalengo," refelete o ator.
Ele tinha grande proximidade com a oportunidade de corrupção. Ele era responsável por movimentar dinheiro. Ele sabia como fazer isso, e ele fazia isso há muito tempo, caso contrário, ele não teria recebido essa posição. Então, para mim, isso era um aspecto fascinante de seu personagem, que ele era vulnerável
O ator completa: “Todos nós somos vulneráveis à tentação. Ele era um cardeal, um sumo sacerdote da igreja, portanto ele se confessava. Era fascinante para mim ruminar se ele confessava alguma coisa na confissão.”