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John Woo fará épico sobre Segunda Guerra

Com superorçamento, Flying Tiger Heroes contará história de esquadrão norte-americano que se voluntariou para lutar ao lado da aeronáutica chinesa

Da redação Publicado em 04/09/2009, às 14h26

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Um épico sobre a Segunda Guerra Mundial, que deverá ser o filme mais caro já produzido na China, é a próxima meta de John Woo. Em conferência no país natal, o cineasta divulgou o projeto Flying Tiger Heroes (título provisório), mas não quis dar o custo exato antes de ter o roteiro pronto - estipula-se US$ 100 milhões (R$ 194 mi), tendo parte da verba proveniente de Hollywood.

Com elenco formado por norte-americanos e chineses, o filme terá como foco o primeiro esquadrão dos Estados Unidos a se voluntariar para a Força Aérea do país oriental, entre 1941 e 1942 - a adesão ocorreu dias depois do ataque da marinha japonesa à base de Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941. Sob apelido de "Flying Tigers", a frota deu margem à polêmica: houve quem, à época, tomasse-a como mercenária. Lutando junto aos Aliados, a China contou com a ajuda do time estrangeiro para combater invasores japoneses em seu território.

Em 1942, John Wayne encabeçou a produção Flying Tigers, sobre o mesmo esquadrão, famoso por ter dentes de tubarão pintados na ponta de seus aviões e por ter derrubado quase 300 aeronaves inimigas, em sete meses de atuação. Woo havia tratado da Segunda Guerra em Códigos de Guerra (2002), protagonizado por Nicolas Cage e centrado nas forças norte-americanas.

O diretor é conhecido por filmes de ação, com violência estilizada e coreografada, como The Killer - O Matador. A migração de Woo para Hollywood rendeu filmes como A Outra Face e Missão Impossível 2 - este, considerado um fiasco na franquia, que acabou, para o terceiro episódio, nas mãos de J.J. Abrams (Lost, Star Trek).

A volta às raízes chinesas ocorreu com Red Cliff, falado em mandarim, dividido em duas partes e com orçamento de US$ 80 milhões (R$ 156 mi).

Flying Tiger Heroes promete "combates aéreos espectaculares", além de jogar luz sobre as relações sino-americanas, por décadas estremecidas - mais especificamente após a tomada de controle por Mao Tse-Tung, com a Revolução Chinesa, em 1949.

"Esta é uma produção extremamente importante", disse Woo, na cerimônia que marcou o fechamento do contrato. "Atualmente, as preparações básicas para a filmagem já foram feitas. Em um mês, confirmaremos o roteiro. Este filme, com foco em Yunnan [província no sudoeste do país], enfatiza a amizade entre China e EUA."