Kanye West afirmou que não considera o antissemitismo 'factual'
Kanye West disse que não acredita em antissemitismo afirmando que não foi algo "factual" e negou as acusações de racismo contra ele. A declaração veio em entrevista para o programa NewsNation (via NME).
+++LEIA MAIS: Policial é condenado a 22 anos de prisão pela morte de George Floyd
“Eu não gosto do termo anti-semita”, disse Kanye. “Você está dizendo que sou antissemita, mas eu não acredito nesse termo. Uma coisa é que os negros também são judeus. Também me classifico como judeu, então não posso ser antissemita. Então, o termo é, na verdade, não é factual.”
Quando o apresentador insistiu sobre o assunto West o interrompeu e continuou: “Todo mundo quer atirar no mensageiro. ’ – mas o fato é que o povo judeu de quem estou falando não precisa entender. E esse é esse privilégio que eu não vou permitir.”
O rapper 45 anos continuou
“Quando eu vesti a camiseta ‘vidas brancas importam’ , a máfia da mídia underground judaica já começou a me atacar. Eles cancelaram meus quatro shows no SoFi Stadium (...) eles [a mídia] me chamaram de agressor por discutir com pessoas sobre minha ex-mulher e minha família, e quando posso ver meus filhos e quando não vejo. E eles imediatamente me desrespeitam, mantêm a narrativa ‘louca’, nunca me chamam de bilionário. Magnata, bilionário, visionário, inventor. Estes termos nunca são usados.”
Em 9 de outubro, Kanye teve o Twitter e o Instagram bloqueados após publicações antissemitas. Desde então, ele provocou várias controvérsias, incluindo a alegação de que George Floyd morreu tomando Fentanyl.
.@ChrisCuomo questions Ye if it's possible that antisemitic comments he's made violated social media apps' community guidelines. "I don't believe in that term… I classify as Jew also, so I actually can't be an antisemite," Ye says.
— NewsNation (@NewsNation) October 18, 2022
Watch #CUOMO: https://t.co/s8z9kDZInWpic.twitter.com/EZtvlV9awD
Após Kanye West dizer que George Floyd morreu por conta do opioide fentanil durante participação em podcast, a família da vítima estaria considerando processar o rapper pela fala, segundo publicação do advogado Lee Merritt nas redes sociais. Vale lembrar como autópsia independente revelou como Floyd foi assassinado por asfixia durante abordagem policial.
Além de falar que George Floyd morreu pelo uso de fentanil, o músico alegou como o joelho de Derek Chauvin, policial responsável por prender e matar a vítima, "nem estava no pescoço assim." Na vida real, vídeos e imagens mostraram Floyd contido em uma calçada por Chauvin, quem pressionou o joelho no pescoço de GeorgeFloyd por mais de nove minutos, deixando-o sem ar.
Após essa fala polêmica, Lee Merritt, advogado de direitos civis e organizador comunitário, explicou como a família de George Floyd “considera [um] processo pelas falsas declarações de Kanye sobre a maneira da morte" da vítima. Ele também comentou como "afirmar que Floyd morreu de fentanil [e] não a brutalidade estabelecida criminal e civilmente prejudica [e] diminui a luta da família Floyd."