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Kate Beckinsale revela que foi ‘psicologicamente torturada’ por Harvey Weinstein

A atriz afirmou que possui diversas histórias sobre os abusos dos cineasta

Redação Publicado em 24/04/2020, às 07h44

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Harvey Weinstein (Foto: Chris Pizzello / Invisio / AP) e Kate Beckinsale (Foto: AP)
Harvey Weinstein (Foto: Chris Pizzello / Invisio / AP) e Kate Beckinsale (Foto: AP)

Kate Beckinsale revelou ter sido “psicologicamente torturada” por Harvey Weinstein, ex-produtor condenado a 23 anos de prisão por abusos sexuais. Em entrevista à Vulture, a atriz contou detalhes sobre os assédios do cineastas.

“Nunca fui sexualmente atacada por Harvey, mas houve um assédio moral extremo. Tenho oito ou nove histórias que poderia ter contado sobre ele ou inúmeras sobre outras pessoas”, disse a artista. 

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Ela completou: "Quando alguém mexe em sua parte genital, você tem mais ou menos uma ideia de como se defender. Agora, quando alguém te tortura psicologicamente ou pratica bullying, você realmente não tem plano para lidar com isso. Esperam que você engula. Mas não acho que ninguém deva fazer isso, homens, mulheres ou qualquer um".

Kate ainda falou que Weinstein sugeriu para ela “sacudir as nádegas” para “não parecer lésbica” durante a festa de estreia do filme Escrito nas Estrelas, em 2001. Além disso, a atriz afirmou que sofreu backlash - termo usado para quando alguém recebe muitas críticas negativas ou é excluída propositalmente da mídia e círculos sociais.

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“Acho que existem muitas mulheres nesta indústria que disseram não a muitas coisas, e não quero dizer apenas sexualmente. Em um momento elas descobrem por uma capa de revista que caíram e o filme que fariam não será continuado. Houve "backlash" assim como contra qualquer valentão. Para eles é necessário apenas um telefone dizendo 'não a contrate'.”

Apesar das denúncias, Kate elogiou o cineasta e disse que a personalidade de um abusador pode ter um lado simpático também, o que deixa as coisa mais complexas. Ela disse: “Ele também era muito talentoso, poderia ser engraçado, generoso e criativo. E então absolutamente monstruoso. Acho que se todos os abusadores fossem monstruosos o tempo todo, seria menos confuso e doloroso.”


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