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Kendrick Lamar canta “These Walls” no programa de Ellen DeGeneres

Essa foi a primeira aparição televisiva do rapper após o lançamento de To Pimp A Butterfly

Redação Publicado em 28/05/2015, às 11h16 - Atualizado às 13h24

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Kendrick Lamar na Universal Studios, em Hollywood. - Divulgação
Kendrick Lamar na Universal Studios, em Hollywood. - Divulgação

Kendrick Lamar não costuma fazer muitas aparições na televisão. Desde que lançou o celebrado To Pimp A Butterfly, em março de 2015, o rapper ainda não havia feito uma performance televisiva mostrando as faixas do registro. Isso mudou na última quarta, 27, quando Lamar apresentou “These Walls” no programa de Ellen DeGeneres.

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Acompanhado por um casal de dançarinos e por um artista plástico – que registrava os passos da dupla -, Lamar mostrou porque é, segundo a Rolling Stone EUA, o melhor rapper da geração dele.

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Visivelmente animada, Ellen introduziu o músico enquanto ressaltava todos os méritos dele. “Ele é um artista, um poeta e um gênio lírico, além disso, foi condecorado pelo estado da Califórnia por ser um ‘ícone da geração’. Em rara aparição televisiva, apresento a vocês o incrível Kendrick Lamar”, anunciou a apresentadora.

Kendrick Lamar é nomeado "ícone da geração" por senador da Califórnia.

Após a performance, Ellen e o rapper ainda conversaram brevemente sobre a relação do músico com a região de Compton, onde ele nasceu, e sobre a aparição dele no clipe de “Bad Blood”, de Taylor Swift. Ao falar a respeito do bairro onde foi criado, Lamar ressaltou o papel da família em sua formação: “Eles colocaram algo importante no meu coração, sempre tentei fazer coisas boas a partir das experiências que tive em Compton. Quando vejo crianças querendo fazer algo parecido, fico muito satisfeito”.

Assista à performance de “These Walls”:

To Pimp A Butterfly

A aparição antecipada nos serviços de música online foi a única surpresa do álbum. Era sabido que To Pimp A Butterfly não seria uma continuação de Good Kid M.A.A.D City, lançado em 2012. A teoria se confirmou e o rapper de Compton surge com um material completamente diferente da discografia dele.

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A produção executiva de Anthony Tiffith e Dr. Dre originou um trabalho que carrega a sonoridade de nomes como Flying Lotus (“Wesley’s Theory”) e Thundercat (“These Walls”), no entanto – e talvez aí esteja o grande mérito de To Pimp A Butterfly - o disco não poderia ser de nenhum outro artista que não Kendrick Lamar.

A solidez de Good Kid M.A.A.D City certamente colocou interrogações na mente de todos os fãs do rapper: o que vem a seguir? O nível será mantido? Felizmente, a resposta é afirmativa em ambos os casos. To Pimp A Butterfly provou tanto a capacidade criativa de Lamar quanto a manutenção de uma voz ímpar, de rimas extremamente pessoais e complexas.

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Outro ponto forte do disco é a discussão a respeito de questões raciais nos Estados Unidos. O caráter político das letras de Lamar não são novidade, pois desde Section.80, álbum de estreia do cantor, a violência policial é pauta. No entanto, o tom sobe em To Pimp A Butterfly, da desafiadora “The Blacker The Berry” até a sóbria “Mortal Man”, os versos do músico deixam clara a postura dele em relação aos abusos institucionais norte-americanos.

A capa do álbum, divulgada na última semana, complementa o conteúdo do registro: a voz de Compton deve ser ouvida, nem que ela tenha de invadir a Casa Branca.

"Don't all dogs go to heaven? Don't Gangsta's boogie? Do owl shit stank? Lions, Tigers & Bears. But TO PIMP A BUTTERFLY. Its the American dream nigga...." - lil Homie.

Uma foto publicada por Kendrick Lamar (@kendricklamar) em

Ouça To Pimp A Butterfly na íntegra: