As críticas iniciaram após se comparar a outras artistas citando que fizeram sucesso com "canções sobre ser sexy, não usar roupas, transar, trair, etc”
Lana Del Rey publicou nesta segunda, 25 de maio, um vídeo respondendo às críticas de racismo relacionadas ao último post da cantora. A controvérsia iniciou após ela nomear artistas que, segundo ela, “glamourizam o abuso”, gerando mais assunto nas redes sociais - e a reprovação dos fãs apenas aumentou.
+++LEIA MAIS: As maiores injustiças do Grammy 2020: BTS, Lana Del Rey e mais
Segundo a NME, na publicação original da cantora, ela se comparava às artistas Doja Cat, Ariana Grande, Camila Cabello, Cardi B, Kehlani, Nicki Minaj e Beyoncé para reclamar sobre as críticas ao próprio trabalho citando que todas “tiveram números um [nas paradas] com canções sobre ser sexy, não usar roupas, transar, trair, etc”.
Após a grande repercussão, no novo vídeo de seis minutos publicado no Instagram, Lana Del Rey comenta sobre a “necessidade de fragilidade do movimento feminista” e rebate as alegações de racismo.
“Não quero continuar falando sobre esse post, mas só quero lembrá-los que, na publicação, a única declaração pessoal já feita por mim - obrigada por serem tão calorosos e acolhedores - era sobre a necessidade de fragilidade no movimento feminista. Será importante”, explicou Lana Del Rey.
A cantora também falou sobre a citação às outras artistas: "Quando mencionei mulheres que se parecem comigo, não quis dizer brancas como eu. Quero dizer, o tipo de mulher em que outras pessoas podem não acreditar, porque pensam: 'Oh, olhe para ela, ela merece', ou algo assim. Tem muita gente assim”.
+++LEIA MAIS: Lana Del Rey interrompe show para procurar cigarro eletrônico que deixou cair do palco
“Acho triste as mulheres que mencionei e que elas cantaram sobre dançar por dinheiro ou o que quer que seja ... Inclusive, o mesmo que canto e narro há 13 anos. É por isso que estou nesse escalão. Sim, elas são minhas amigas, colegas e contemporâneas”, relatou.
Segundo Del Rey, comparativamente o tratamento é diferente: “A diferença é que, quando eu subo no pole, as pessoas me chamam de prostituta, mas quando [FKA] Twings vai para o pole, é arte. Meus amigos me lembram constantemente que, liricamente, há fatores psicológicos complicados que se encaixam em algumas das minhas composições, mas quero dizer que a cultura está super doente no momento, e o fato de eles querem mudar minha publicação, minha defesa da fragilidade em uma guerra racial, é muito ruim”.
Ver esta publicação no Instagram
Discutindo a reação do post original, a cantora disse: "Sou super forte ... Você pode me chamar de qualquer coisa. Lamento não ter adicionado uma pessoa 100% caucasiana à mistura de mulheres que admiro. Realmente diz mais sobre você do que sobre mim".
“O interessante é que, na primeira vez em que decido contar algo sobre minha vida, ou que estou escrevendo livros que relatam essa fragilidade, 200 mil comentários odiosos e rancorosos apareceram, meu número de telefone vazou e há comentários como: 'Sua puta branca do caralho'. É o oposto do espírito de um defensor. É o que causa fragilidade, mas não vai me parar. Ponto", continuou.
+++LEIA MAIS: Lana Del Rey reclama de nota baixa recebida pelo novo disco e crítica responde
Concluindo a mensagem, Del Rey disse: "Eu não sou o inimigo e, definitivamente, não sou racista, então não entenda tudo. Ninguém conta sua história, exceto você, e é isso que farei nos próximos dois livros. Então, Deus te abençoe e, sim, vá se foder se você não gostar da publicação".
+++ VITOR KLEY | A TAL CANÇÃO PRA LUA | SESSION ROLLING STONE