"Já recebi atenção indesejada de pessoas que me dão muito mais medo", revelou Dan Reed
Hadley Freeman, jornalista do The Guardian, publicou na última quarta, 18, um nova entrevista com Dan Reed, diretor de Leaving Neverland (Deixando Neverland, em português), na qual o cineasta falou sobre as consequências que o documentário teve na vida dele, como por exemplo aprender a lidar como a enxurrada de mensagens de ódio e ameaças que recebeu.
"Não quero soar blase, mas já recebi atenção indesejada de pessoas que me dão muito mais medo que os fãs do [Michael] Jackson, como gente do submundo do crime e organizações terroristas", contou, mencionando os temas com os quais já trabalhou em outros documentários.
Apesar dessa segurança peculiar, Reed disse que ficou "surpreso com o quão incessante foi a enxurrada de abuso" que recebeu, como por exemplo um número incalculável de emails e ameaças a si mesmo e até à produtora que tem.
O diretor contou também um caso curioso e até engraçado, no qual fãs de Jackson estacionaram uma van na porta do escritório dele e tocaram as músicas do cantor com volume bem alto.
E a parte cômica disso tudo: "Eu nem estava lá, então foi uma completa perda de tempo. Só descobri isso porque eles fizeram um vídeo e postaram no Twitter."
Leaving Neverland ganhou o Emmy de melhor documentário na edição de 2019 da premiação.
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