Juiz decide que clássico de 1971 é similar o suficiente à música “Taurus”, do Spirit, para garantir um julgamento por júri
A disputa judicial por direitos autorais de “Stairway to Heaven”, do Led Zeppelin, em processo iniciado por representantes do ex-guitarrista do Spirit, Randy Wolfe, irá a julgamento em tribunal. As informações são da agência de notícias Reuters.
O caso data de 2014, quando Michael Skidmore, um administrador do espólio de Wolfe, processou o Zeppelin, clamando que a banda roubou a introdução de “Stairway”, de 1971, da música “Taurus”, lançada pelo Spirit em 1968.
Os dois grupos fizeram vários shows juntos entre 1968 e 1970, e o Zeppelin supostamente tocou um medley de músicas que incluiu “Fresh-Garbage”, do Spirit – uma faixa que apareceu no mesmo lado do LP que “Taurus” – na primeira turnê norte-americana deles.
Em fevereiro, o caso foi movido para uma corte federal na Califórnia, nos Estados Unidos, ocasião em que o advogado do Zeppelin pediu ao juiz federal Gary Klausner que decidisse em favor deles sem que o caso fosse a julgamento.
Mas na última sexta, 8, Klausner decidiu que “Stairway” e “Taurus” eram similares o suficiente para garantir uma audição em frente ao júri. Uma data para o julgamento está definida para o dia 10 de maio em Los Angeles.
No veredito, Klausner afirmou que os representantes de Wolfe falharam em mostrar que “Stairway to Heaven” e “Taurus” eram absurdamente similares, e notou que ambas as músicas usaram uma progressão de quatro acordes comum.
Ele, entretanto, acrescentou: “as similaridades aqui transcendem esta estrutura”, destacando que a introdução, com a linha de baixo descendente, das duas canções, foram “tocadas na mesma tonalidade, repetidas duas vezes e separadas por uma breve ponte.”
Em entrevista ao Pitchfork, o advogado de Skidmore, Francis Malofiy, disse que “não acredita que o júri será tão clemente quanto os fãs do Led Zeppelin”, acrescentando que a banda “ainda pode mudar a divisão e dar crédito a quem merece o crédito.”
Um representante do Led Zeppelin se recusou a comentar à Rolling Stone EUA.