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Leite condensado para Bolsonaro, cachaça para Lula: as polêmicas gastronômicas dos governos

Há muito tempo, o dinheiro público paga regalias e refeições de governantes e parlamentares

Redação Publicado em 27/01/2021, às 14h16

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Montagem de Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: AP/Eliária Andrade /Agência o Globo/ GDA) e Jair Bolsonaro (Foto: Andressa Anholete/Getty Images)
Montagem de Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: AP/Eliária Andrade /Agência o Globo/ GDA) e Jair Bolsonaro (Foto: Andressa Anholete/Getty Images)

Nesta semana, a lista de gastos do governo Bolsonaro com alimentação foi um dos assuntos mais comentados das redes sociais. Em 2020, o poder Executivo gastou R$15 milhões com leite condensado, R$ 7 milhões em bacon e mais de R$ 2 milhões com chiclete - mas as polêmicas gastronômicas não se resumem a este governo. 

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Os altíssimos gastos públicos com alimentação são pauta na imprensa brasileira há muito tempo, seja com o Jair Bolsonaro, Lula, Dilma ou Temer. No Twitter, o jornalista Luiz Fernando Toledo fez uma thread com grandes escândalos gastronômicos noticiados nos últimos tempos; confira os destaques:

Bolsonaro e os R$ 15 milhões em leite condensado

O presidente Jair Bolsonaro é conhecido por gostar de um prato para o café da manhã: pão com leite condensado - e o valor de R$ 15 milhões gastos com as latas em 2020 surpreendeu. Na lista de compras, o valor do produto consta em R$ 162,00 - muito acima do preço dos mercados.

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Contudo, a lista de gastos do governo também contou com R$ 2,2 milhões em chiclete, R$ 7 milhões em bacon, R$ 1,8 milhão em geleia de mocotó e até pizza e refrigerante, cuja combinação totaliza R$ 32,7 milhões em 2020.


Lula e a cachaça de R$ 400

Durante o mandato, Lula usou o cartão corporativo para algumas compras que geraram polêmica. Segundo reportagem da Gazeta do Povo, em apenas um dia (19 de fevereiro de 2010), foram compradas com dinheiro público 6 garrafas de vodka Absolut, 6 de uísque Johnnie Walker Black, 6 de cachaça Havana – R$ 400 a unidade – e 18 garrafas de vinho.

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A conta de R$ 5 mil foi destinada ao Palácio da Alvorada, residência do então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, essa não foi a única fez que o ex-presidente usou o cartão para contas altas de bebidas. Segundo a reportagem, em 22 de março de 2010, foram compradas mais 7 garrafas de uísque, 6 de vodka e 5 de cachaça Anísio Santiago – também por R$ 400 e com envelhecimento de 12 anos -, o valor total foi de R$ 4 mil.


Dilma Rousseff e o camarão por R$ 230 o quilo

De acordo com a Gazeta do Povo, Dilma também usou o cartão corporativo para compras de cachaça, vinho e outros itens mais caros. Segundo a reportagem, a então presidenta gastou dinheiro com camarão que custava R$230 o quilo. 

Outro valor alto gasto por Dilma com dinheiro público foi o aluguel de uma lancha por R$30 mil para uso pessoal no carnaval de 2012.

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Michel Temer e os R$ 4,7 milhões em comida de avião

Segundo reportagem da Exame (via ONG Contas Abertas), o então vice-presidente Michel Temer gastou, em cinco anos, o equivalente a R$ 4,7 milhões em comida do avião presidencial. Foram vários contratos de milhares de dólares para empresas, como os R$70 mil para a RA Caterina LTDA em 2015 e R$ 80 mil para International Meal Company Alimentação LTDA em 2014.

No cardápio das empresas, havia alguns itens requisitados, como sorvetes Häagen-Dazs, camarão, salmão e até caviar.

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Pizza e camarão dos deputados federais

Os deputados federais também pagaram pizzas e refeições de frutos do mar com dinheiro público. De acordo com o Correio do Povo, os parlamentares gastaram mais de R$ 80 mil em refeições entre os dias 1º e 5 de março de 2019 - período no qual se comemorou o Carnaval e os deputados tiveram folga do trabalho.

Após o feriado, os deputados pediram reembolso dos gastos. Na época, Bibo Nunes (PSL-RS) apresentou dois recibos que totalizam R$ 176 em uma pizzaria. No domingo de Carnaval, o parlamentar Helio Lopes (PSL-RJ) gastou R$ 145,70 em um restaurante de frutos do mar - e o cardápio foi camarão. 

Confira a thread completa de Luiz Fernando Toledo:

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