O cantor e compositor nova-iorquino se apresentou na capital paulista neste sábado, 23, com shows de abertura de Liniker, Lianne La Havas e Frejat
O sábado, 23, foi marcado por diversos shows na cidade de São Paulo. Entre eles, o cantor e compositor Lenny Kravitz desembarcou por aqui para uma única apresentação da Blue Electric Light Tour no Brasil. Antes do show principal — que começou por volta de 21h10 — Liniker, Lianne La Havas e Frejat fizeram shows de abertura para o nova-iorquino.
Liniker fez um set reduzido de seu álbum mais recente — Caju (2024) — no final da tarde e Lianne passeou pela carreira com canções como "Green & Gold," do álbum Blood (2015) e "Sevem Times," do álbum autointitulado lançado em 2020.
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Frejat subiu ao palco e abriu sua apresentação com "Puro Êxtase" e seguiu o show com sucessos que marcaram seus mais de 40 anos de trajetória na carreira musical, além de homenagear nomes como Raul Seixas e Cássia Eller no setlist.
Em um momento mais dramático do evento, quando o roqueiro apresentava a última música do setlist — "Pro Dia Nascer Feliz" — o som foi cortado no meio. O público, que demorou um pouco para entender que os brasileiros estavam sendo convidados a se retirar do palco vaiaram a produção de Kravitz e aplaudiram Frejat enquanto ele deixava o ambiente sem finalizar a apresentação.
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O grande nome da noite subiu ao palco — com o visual característico composto por grandes óculos de sol e calça boca de sino, com direito a jaqueta cropped — e, apesar de Lenny Kravitz vir ao Brasil com a turnê que leva o nome de seu disco mais recente Blue Electric Light (2024), ele apresentou apenas três músicas do projeto - "Human," "Paralyzed" e "TK421".
No restante da apresentação o artista atacou com canções de outros álbuns já conhecidas do público. O artista explorou a própria discografia de maneira interessante, passando por quase todos os discos já lançados por ele até hoje. São 12 no total.
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Ainda na primeira parte do show, Kravitz trouxe baladas como "I Belong to You" e "Stillness of Heart" e foi até as pessoas que estavam na grade neste momento da apresentação. O momento que seguiu com as faixas "The Chamber" e "Fear" — dos álbuns Strut (2014) e Let Love Rule (1989) - não entusiasmou tanto o público quanto outras canções do show.
O cantor recuperou o público quando cantou três de seus maiores hits em seguida: "It Ain’t Over ’Til It’s Over," "Again" e "Always on the Run." O momento foi coroado com a performance de "American Woman", uma daquelas versões que nos fazem esquecer que se trata de uma regravação.
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Kravitz fechou o show com "Fly Away" e "Are You Gonna Go My Way?," mas voltou para o palco para um bis pouco empolgante de "Let Love Rule" — uma escolha morna para uma noite que estava bem aquecida.
O encerramento, no entanto, não apaga os pontos positivos da apresentação: a voz impecável, a sintonia com a banda e a performance eletrizante de um artista que faz seu show com vontade - destaque para a apresentação sensual de "Low" ainda na primeira metade do show. O artista fez questão de ressaltar que ama o Brasil e pela recepção da plateia neste sábado, é seguro dizer que a recíproca é verdadeira.
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