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Linn da Quebrada lança financiamento coletivo para produção de seu primeiro disco

Pajubá terá os singles “Bixa Preta” e “Mulher”, e tem previsão para setembro

Redação Publicado em 24/04/2017, às 17h16 - Atualizado às 17h48

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MC Linn da Quebrada - Vivi Bacco
MC Linn da Quebrada - Vivi Bacco

Linn da Quebrada lançou um projeto de financiamento coletivo para produzir seu primeiro disco cheio, Pajubá. A previsão é que o álbum saia em setembro.

A campanha foi divulgada na plataforma colaborativa Kickante e pretende reunir, em dois meses, $45 mil. Pelo site, os interessados podem fazer doações desde $10 até $5 mil.

Em troca, existem diferentes gratificações que variam de acordo com o valor da contribuição. Os agradecimentos vão desde o acesso exclusivo ao novo disco um dia antes do lançamento oficial, até uma boneca de pano da artista, ou um “bocket” show exclusivo, como é chamado por Linn.

Lançado no ano passado, “Enviadescer” foi o primeiro single da artista. Com um teor político e social, colocou a cantora no cenário musical de luta contra o racismo e contra o preconceito a comunidade LGBT. Segundo Linn, a temática continuará em foco no novo disco. “‘Pajubá’ é linguagem de resistência, construída a partir da inserção de palavras e expressões de origem africanas ocidentais. É usada principalmente por travestis e grande parte da comunidade LGBT. Eu chamo esse álbum de Pajubá porque, pra mim, ele é construção de linguagem e invenção, é ato de nomear. De dar nome aos ‘boys’. É mais uma vez resistência”, explica, em comunicado.

Neste ano, Linn já divulgou dois singles do novo trabalho, “Mulher”, em abril, e “Bixa Preta”, em fevereiro, com direção musical de Jaloo.

A faixa “Mulher” veio acompanhada do primeiro projeto audiovisual da artista, “blasFêmea”, que trata sobre a violência sofrida pelas mulheres e sobre o empoderamento feminino, outro tema que vai permear Pajubá.

“A ideia é produzir um espaço de intervenção sexual, uma rede de apoio e fortalecimento entre o feminino, independente em que corpo estiver localizado. É por acreditar nessa união que vejo esse álbum como resultado de uma construção coletiva, no qual, cada uma, a partir de seu próprio território, ajudará como puder”, completa.