O cantor revisou os conceitos dele sobre os movimentos políticos que já criticou e apoiou no passado
Quando perguntado sobre o estado atual do espectro político dos intelectuais que se declaram de esquerda durante o programa Roda Vida, na TV Cultura, Lobão disse que a classe tem "p*u mole" e "pratica outros tipos de vitimização."
"Não é que [a esquerda] tenha p*u mole. Acho que o intelectual de esquerda é o campeão mundial de 'punheta' de p*u mole. Porque eu acho que há certos tipos de vitimização e de um auto centrismo da esquerda, que ela, realmente, quando vejo determinadas músicas de protesto'. Não tem a visceralidade de um rock ou de uma música de protesto, de um Bob Dylan", avaliou.
Por outro lado, o cantor também criticou extensivamente a direita, espectro com o qual ele mesmo se identificava nos anos 2000. "A direita não tem intelectual [no Brasil], tem recalcados. A direita, tô falando de uma maneira ativa, aqui é um subproduto. Temos pouquíssimas seríssimas pessoas, o Martim Vasques da Cunha, o Bruno Garschagen, tem algumas pessoas que são realmente muito boas."
A direita, que o Reinaldo Azevedo chama de 'direita chucra', impera e abunda", afirmou Lobão.
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Por fim, o compositor de 62 anos afirmou que o governo de Jair Bolsonaro tem "a intenção de destruir completamente a classe artística no Brasil."
"A Secretaria da Cultura está albergada no Ministério do Turismo e são evidentes interesses conflitantes. O Ministério do Turismo é a favor do lobby de livrar os hotéis, navios e vários meios de transporte de arrecadação de direito autoral", afirmou Lobão.
"E a Secretaria da Cultura, que está dentro do Ministério do Turismo, organicamente defenderia o contrário. É notória e gritante a intenção desse governo de destruir completamente a classe artística no Brasil. Essa é a situação que estamos vivendo."
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