A performance curta, com menos de uma hora, chamou atenção pelo comportamento agitado do vocalista Pelle Almqvist
O Hives é uma boa banda em CD, mas é ao vivo que ela realmente mostra todas as suas cores. O vocalista Pelle Almqvist, sobre o palco, encarna ao mesmo tempo a epítome da elegância, com o tradicional figurino formal que inclui gravata borboleta e cartola, mas é, na verdade, um fanfarrão.
A coisa mais interessante sobre ele é que, enquanto raramente um artista internacional tem o trabalho de aprender mais do que três palavras em português, Almqvist parecia ter engolido do dicionário. E usou todas as oportunidades possíveis para exibir suas habilidades com o idioma – ou seja, falou bastante. Outra atividade extra-musical dele foi a de visitar a plateia. Deu para perder as contas de quantas vezes ele foi para o meio do público – para cantar, passear e distribuir autógrafos.
Tiveram destaque, em termos de setlist, o disco mais conhecido da banda, Veni Vidi Vicious, e o mais recente, Lex Hives. Deste, foram executadas "My Time is Coming", "Go Right Ahead" (primeiro single do trabalho) e a introdutória "Come On!".
Não faltaram os hits “Hate to Say I Told You So” e “Tick Tick Boom”. Esta, usada para o encerramento, em uma versão longa, envolveu pedir para o público sentar no chão. Ele provavelmente não entendeu a falta de resposta – que pode ser explicada pela falta de espaço na multidão e, ainda, pela lama do chão – e ofereceu mil reais para que obedecessem. Mesmo com todo o falatório e as atividades propostas pelo vocalista, o show não chegou a ter uma hora.