Entre goles de uísque e pulos no público, a vocalista Alice Glass foi venerada pelos fãs
O duo canadense Crystal Castles é conhecido pela performance desregrada da vocalista Alice Glass. De cabelos roxos, meia-calça rasgada e ora com um cigarro na mão, ora dando generosos goles de uma garrafa de uísque, a moça foi venerada pelo público do palco Alternativo, cheio de fãs que esperavam ver a dupla.
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Enquanto Ethan Kath mantém-se concentrado nos efeitos (acompanhado por um baterista), deixando aparecer a franja loira sob a touca, Alice move-se incessantemente. Logo na segunda música, “Baptism”, ela desceu do palco e foi cantar nos braços do público, algo que repetiria diversas vezes depois.
“Plague”, primeiro single do disco (III), abriu o show, que durou 45 minutos. A capa do álbum – uma mulher de burca com um homem de peito nu nos braços – permaneceu estática no telão ao fundo do palco durante toda a apresentação.
Mesmo quando se ouve os discos, não é fácil cantar junto sem conhecer a letra da música previamente. No show, então, isso é quase impossível: o vocal cheio de efeitos da vocalista se faz incompreensível. Mas não foi problema para os fãs – havia muitos ali – que sabiam os versos de cor. Entre as mais celebradas estiveram “Alice Practice” (single de estreia da dupla, de 2006), “Crimewave” e “Not in Love”, cover do Platinum Blonde, que teve remix com participação de Robert Smith.