Se na última passagem pelo Brasil, em 2011, não conseguiu empolgar, com Anything in Return, de janeiro deste ano, virou o jogo
Quando Toro Y Moi começou seu show no palco Butantã, no início da tarde deste sábado, 30, era a segunda vez que se apresentava em terras brasileiras. Na primeira, no Planeta Terra em 2011, ele não conseguiu conquistar o público com seu chillwave, gênero do qual é um dos principais precursores. Desta vez, contudo, a pista não se conteve aos muitos sons que constroem cada uma das canções do músico.
Grande trunfo para a mudança é sem dúvida o novo disco, Anything in Return, lançado em janeiro deste ano, com uma sonoridade mais pop e clean do que os dois anteriores. Foi do álbum mais recente que saiu a maior parte das canções que integraram o celebrado setlist do Lolla.
“Rose Quartz” foi responsável pela abertura. Do disco novo também estiveram “Living High”, “Studies” e “So Many Details”. O produtor Chaz Bundick não deixou de lembrar trabalhos anteriores – de Causers of This (2010) tocou “Talamak” e de Underneath the Pine, de 2011, fez “Elise” e “Still Sound”. Nestas mostrou uma sonoridade mais suja e complicada, mas, agora em outro contexto, elas não deixaram de agitar o público. Uma pena não ter tocado a irresistível, e nova, “Harm In Change”, mas “Say That” também foi uma boa escolha para encerrar a performance.
Em entrevista recente à Rolling Stone Brasil, o produtor Chaz Bundick afirmou que o lugar perfeito para aproveitar suas canções era “em um passeio noturno de carro por Los Angeles ou São Francisco”. No Lollapalooza, mostrou que também sob o sol paulistano pode proporcionar uma boa experiência àqueles que estiverem dispostos a aproveitar.