Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Lollapalooza 2015: humor e rock de primeira marcam show da banda O Terno

Som anos 1960 do grupo paulistano arrastou público fiel ao Palco Axe, no Autódromo de Interlagos

Lucas Borges Publicado em 29/03/2015, às 15h55 - Atualizado às 18h10

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Apresentação no Lollapalooza 2015 - Divulgação/I Hate Flash
Apresentação no Lollapalooza 2015 - Divulgação/I Hate Flash

O Terno conhece bem a cidade, e quando percebeu que nascia “mais uma manhã nublada em SP”, como bem diz a letra de “O Cinza”, tratou de vestir capas de chuva amarelas para se apresentar no segundo dia de Lollapalooza, neste domingo, 29.

Lollapalooza 2015: com extravagâncias e particularidades, Jack White faz show instigante no encerramento do primeiro dia de festival.

Esta foi umas das muitas intervenções perspicazes do grupo paulistano, que tempera com graça um rock and roll estilo anos 1960 de muita qualidade.

Entrevista: O Terno confirma potência em novo disco, mas não quer ser visto como “líder” de um movimento.

Muita gente já descobriu o potencial d'O Terno, como se viu na composição da plateia que, debaixo de garoa, tinha na ponta da língua “Eu Confesso”, “Ai, Ai, Como eu me Iludo” e “Eu Vou Ter Saudades”, faixas do segundo e mais recente disco deles, o homônimo O Terno, de 2014, e “66” e “Eu Não Preciso de Ninguém”, de 66 (2012).

Lollapalooza 2015: sob sol e garoa, mexicanos do Molotov privilegiam hits pesados.

A recente troca de Victor Chaves por Gabriel Basile na bateria não prejudicou em nada a harmonia da formação, completada pelo baixista Guilherme D'Almeida e pelo vocalista Tim Bernardes.

Neste domingo, 29, acordes afiados da guitarra, piano e o órgão Hammond de Bernardes se alternaram com as piadas do líder do grupo. Nem mesmo alguns problemas no som o impediram de brincar, ensaiando o “Tema da Vitória”, em homenagem a Ayrton Senna e a Interlagos, além do axé “Beija-Flor”, do Timbalada, referência à marca de desodorantes que patrocina o palco onde eles tocaram.

Bem-humoradas também são as faixas "Zé, Assassino Compulsivo" e “Papa Francisco Perdoa”, parceria com Tom Zé, gênio divertido da música brasileira. O Terno segue na trilha do veterano, ainda que tenha muita lenha para queimar até chegar lá. O fato de eles terem agradecido por Robert Plant e Jack White "abrirem" o show deles, um dia antes, não é demonstração de empáfia, mas sim do tom de graça que impera no grupo.