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Lollapalooza 2015: lendário Robert Plant apresenta Led Zeppelin moderno e africano para jovem multidão

Público tomou o gramado em frente ao palco principal do festival para ver o vocalista de uma das maiores bandas de todos os tempos

Lucas Borges Publicado em 28/03/2015, às 20h14 - Atualizado às 21h00

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Show no Lollapalooza 2015 - Divulgação/I Hate Flash
Show no Lollapalooza 2015 - Divulgação/I Hate Flash

Aos 66 anos, Robert Plant já não tem a mesma vitalidade e tampouco a mesma potência nos agudos dos tempos de Led Zeppelin. Mas o vocalista tem consciência disso e soube mostrar uma honesta versão contemporânea da banda, além de trabalhos recentes, neste sábado, 28, no palco principal do Lollapalooza, em São Paulo.

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As influências africanas são marcantes nas experimentações de Plant e do atual grupo de apoio dele, o The Sensational Space Shifters. Elas apareceram em "Turn It Up” e “Little Maggie”, canções do novo álbum solo do cantor, Lullaby and... The Ceaseless Roar, de 2014.

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O público majoritariamente jovem que preencheu cada metro quadrado do imenso gramado no Autódromo de Interlagos, não assimilou muito bem a mistura afro em “Black Dog” e demorou para reconhecer o clássico do álbum Led Zeppelin IV.

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Os tambores de Plant e uma espécie de berimbau misturado com violino tocado pelo multi-instrumentista Juldeh Camara também ornaram “Rock and Roll”, mas essa foi apresentada mais à moda antiga, para a alegria dos órfãos dos históricos tempos de Jimmy Page.

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“Babe, I’m Gonna Leave You”, "Going to California” e “The Lemon Song” (tocada na edição argentina do Lolla por Plant e Jack White, atração também deste sábado, 28, no festival paulistano) foram quase 100% fiéis ao original, emocionando de vez os devotos do rock.

Plant, cujas onomatopeias competiam com os “hey e ho” de Marcelo D2, que fez show ao mesmo tempo no palco ao lado, não poderia se esquecer da principal fonte da obra dele, o blues, que deu roupagem nova a “Whole Lotta Love” e ganhou remodelação em “Spoonful”, porrada sonora de Howlin’ Wolf.