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Lollapalooza 2016: conheça o groove de soul music e rhythm and blues do Vintage Trouble

“No que fazemos também existe uma conexão com a música latina. Assim, quando vamos ao Brasil é também para aprender”, diz o baixista Rick Barrio Dill

Paulo Cavalcanti Publicado em 12/03/2016, às 09h33 - Atualizado às 17h58

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Embora diante de uma plateia pouco familiarizada, o vocalista Ty Taylor conquistou o público com música de boa qualidade e carisma raro. - Diego Padilha / Divulgação
Embora diante de uma plateia pouco familiarizada, o vocalista Ty Taylor conquistou o público com música de boa qualidade e carisma raro. - Diego Padilha / Divulgação

De alguns anos para cá, vários artistas têm se empenhado em resgatar o som e o groove da soul music e do rhythm and blues tradicional que eram feitos em décadas passadas. O quarteto norte-americano Vintage Trouble foi um dos que mais teve sucesso nessa empreitada. Formado na Califórnia em 2010, a banda já tem três álbuns lançados e faz no Lollapalooza 2016 sua segunda apresentação no Brasil – a primeira foi em 2013 no Rock in Rio (foto). Além do show no Axe Stage, às 14h deste sábado, 12, o grupo também é atração de uma das Lolla Parties, dividindo o palco do Cine Joia com o Eagles of Death Metal no dia 15 de março.

O baixista Rick Barrio Dill conta que mal pode esperar para subir ao palco e mostrar novamente o som da banda para o público brasileiro: “No que fazemos também existe uma conexão com a música latina. Assim, quando vamos ao Brasil é também para aprender”. Na performance, boa parte do setlist deverá ter faixas de 1 Hopeful Rd., que foi lançado no ano passado e obteve boa recepção de público e crítica. Mas ele fala que o Vintage Trouble deverá também trazer algumas surpresas para o público: “Nosso setlist será imprevisível. O show terá canções de nossos três discos de estúdio, mas também devemos apresentar algum material inédito.Com o calor da plateia brasileira, sem dúvida, será uma boa ocasião para testar estas canções”, ele completa.

Dill afirma que a principal missão da banda, de forma geral, é conseguir escrever material inédito, mas que soe com frescor e não pareça apenas como um mero xerox de coisas feitas há décadas passadas. Segundo o músico, isso se deve ao gosto eclético dos integrantes. “Além de soul music, muitos de nós escutamos rock e coisas dos anos 1970. Led Zeppelin, muito hard rock”, ele começa a listar. "Mas também não ficamos somente nas coisas dos anos 1970 e 1980. Gostamos de Prince e de artistas mais contemporâneos."

Para o músico, a interação entre os os integrantes é primordial para se alcançar o resultado final. “Aprendemos muitos uns com os outros. Assim que conseguimos que o nosso som seja sempre diferente, evoluindo a cada trabalho. Para nós, é uma jornada emocional que se completa a cada dia”.

O foco principal do Vintage Trouble é o vocalista Ty Taylor. “Ele é uma inspiração constante para nós”, diz Dill. “Ty é um cantor como poucos, ele tem todo o talento e a visão de cantores clássicos de soul music. É um grande amigo e também fonte de inspiração”. Para finalizar, o artista celebra o ano agitado que o Vintage Trouble terá pela frente. Depois de finalizar a passagem pelo Brasil, a banda deve preparar um novo CD e rodar Estados Unidos e Europa, sendo que ainda tem apresentações agendadas na Austrália, no Japão, na Coréia do Sul e em Curaçao.