Entre a calmaria e o caos, Scalene mostra o motivo de ser um dos principais nomes do rock brasileiro da atualidade
Em 2015, Scalene também esteve no Lollapalooza Brasil, mas, nossa, como tudo muda em quatro anos. Desde então, eles passaram pelo Superstar, competição musical da TV Globo, lançaram discos, inspiraram um espírito de coletividade na cena de rock independente brasileira e até no principal palco do Rock in Rio eles tocaram, em 2017.
O tempo fez bem à Scalene. Ou melhor, a Scalene fez bom uso do tempo.
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Embora o horário no Lollapalooza ainda seja ingrato, com show iniciado às 14h, quando o Autódromo de Interlagos, nesta sexta-feira, 5, ainda estava mais vazio que a média por se tratar de um dia útil, a banda levou um bom número de pessoas para frente do Palco Budweiser, o principal do Lollapalooza 2019.
Foi ali que ocorreram as primeiras manifestações políticas do festival. Quando Scalene tocou “Distopia”, uma faixa pesada e de letra bastante combativa, as pessoas se sentiram encorajadas a se expressarem contra o Presidente da República.
“Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*, repetiu o coro, algumas vezes.
Com os irmãos Gustavo e Tomas Bertoni na frente da Scalene, o grupo mostrou vigor de suas canções mais recentes, do álbum magnetite, o terceiro deles.
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Mas também criaram momentos de tranquilidade, com músicas como “Surreal” e “Entrelaços”. Entre calmaria e caos, Scalene cria um embate entre duas forças antagônicas.
No palco, num show, funciona muito bem. A banda voltou ao Lollapalooza e mostrou que poderia ter um horário de maior destaque na escalação.
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