“Queria ficar cantando aqui para sempre”, disse o rapper carioca ao final do show
A bandeira do selo musical Pirâmide Perdida, criado em 2015 no Rio de Janeiro, tremia ao som do beat. Além da mesa de DJ, BK se apresentou acompanhado por um baterista, tecladista e baixista, além dos amigos que que contribuíam nos vocais e na agitação da galera.
Com correntes e anéis de ouro, o rapper entregou suas rimas de forma impecável e com o entusiasmo de quem há muito tempo queria falar mas não teve a chance.
O sucesso do álbum Gigantes, lançado no ano passado, contribuiu para a reunião de uma boa plateia disposta a ouvir e cantar junto letras sinceras e diretas, fugindo de alegorias que possam desviar o sentido da mensagem que ele carrega consigo e compartilha com os fãs.
Em um certo momento, falou no microfone: “Tá disfarçado aí né papai! To nem aí! Tamo junto” disse, revelando um Djonga escondido com capuz na cabeça no meio do pessoal que assistia ao show colado na grade.
Na metade da apresentação, BK chamou o rapper e colega de selo Luccas Carlos, para cantarem juntos “Vivos”.
A música, que repete a frase “Pretos fazendo dinheiro é tudo que vejo”, do começo ao fim fez as mãos (majoritariamente brancas) dos fãs se mexeram sem parar naquele balanço clássico de shows de hip-hop.
“Jovens” acertou em cheio a plateia e imediatamente gerou uma massa que pulava ao som do bumbo da bateria e do grave do beat, que faziam o chão tremer.
“Essa é considerada a melhor faixa do Gigantes”, constatou antes de começar “Julius”.
Depois de pedir para que fossem abertas rodas no público, para que todos pudessem pular o máximo possível, o rapper soltou “Top Boys” como encerramento.
Claramente emocionado, BK deu aquela última admirada na plateia que se reuniu para à sua frente, e desabafou: “Queria ficar cantando aqui pra sempre. Não queria ir embora não”.