A banda fez um show curto, de apenas meia hora, mas conseguiu conquistar toda a platéia - que não queria deixá-los ir embora
Quando as primeiras notas da música do Carne Doce soaram, a frente do Palco Budweiser estava bem vazia. Mas assim que a bateria começou a dominar o som, diversas pessoas que passavam pararam para olhar e correram para assistir. No final da primeira música, já havia algumas centenas de pessoas olhando, curiosas, a banda tocar.
Apesar do calor do meio dia, a Carne Doce criou um clima bem agradável. Seu rock melancólico - música para dançar chorando, como descreve a vocalista - equilibrou bem a calmaria de quem acabou de chegar ao festival e ainda está pegando o jeito com quem quer ouvir música boa, ou ainda curtir e dancar.
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O público acompanha o show de maneiras individuais. Os mais próximos da grade cantam junto com Salma Jô, vocalista. Os mais distantes dançam - alguns com o estilo já carimbado da cantora, outros fazendo suas próprias interpretações da canção.
Antes de se apresentar, a cantora contou sobre sua animação ao G1, e afirmou que mal acreditava na oportunidade pois tocar no Lolla seria mágico.
A excitação anterior se refletiu no show. A banda parecia mais feliz do que crianças no dia do aniversário. "A gente está aqui! Que chique, que bom, que orgulho", gritou ao microfone, arrancando risos da platéia, que sentiu sinceridade no que dizia.
A aposta do Carne Doce foi enfatizar suas marcas visuais. Salma usava meia-calça arrastão branca, a sua marca registrada - mas discreta, a cobriu com uma calça preta de transparência. Cada um dos seus gestos pode ser reconhecido de outros trabalhos e levam à uma referência escondida em algum trabalho da banda.
Quando as músicas acabaram, o público não gostou. Vendo a banda sair do palco, puxaram em coro um pedido para ficarem mais tempo. Mas não adiantou e eles tiveram que sair. Mesmo assim, fizeram valer a meia hora de show e agradaram até.