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Lollapalooza 2019: Molho Negro traz a energia e o espírito punk para o festival

O trio de Belém do Pará estreou o palco Adidas com guitarras distorcidas e um bate-cabeça intenso

Igor Brunaldi Publicado em 05/04/2019, às 13h45

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João Lemos, vocalista e guitarrista da Molho Negro (Foto: Mila Maluhy)
João Lemos, vocalista e guitarrista da Molho Negro (Foto: Mila Maluhy)

Se já é possível apontar uma boa escolha que o Lolla fez nesse primeiro dia, foi eleger a banda Molho Negro para abrir os shows do palco Adidas. O trio agitou o público e ocupou o espaço muito mais que várias bandas com mais integrantes.

“Boa tarde para quem almoçou, e para quem ainda não comeu, bom dia”. Foi assim que o vocalista João Lemos começou a apresentação que com certeza acordou qualquer um que chegou preguiçoso.

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Do começo ao fim, a guitarra distorcida marretou os amplificadores, e a presença de palco da banda fez parecer que não havia divisória entre palco e plateia. E foi isso que de fato aconteceu.

Em apenas 40 minutos, a Molho Negro fez uma apresentação carregada de hinos e atitude punk, como nas músicas "Muito Obrigado aos Patrocinadores", "Concurso" e "Souza Cruz", que leva a icônica frase:

E o meu melhor amigo encontrou Jesus/
enquanto eu sigo dando lucro pra souza cruz”.

O grupo de Belém do Pará, que contou até com a presença de alguns conterrâneos na plateia, lançou uma música nova na manhã antes de subir ao palco, e estreou “Contracheque” ao vivo ali na hora mesmo.

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Hits como “Fã do Nirvana” testaram a potencial do vocalista e do público, além das costas de Lemos, que se contorceu no chão enquanto fazia um solinho na guitarra.

Perto do fim do show, ele mandou os fãs se dividirem em dois lados do palco, formando um corredor entre as partes. Ao grito de “ele é o fodão da internet”, as duas metades se encontraram com violência, e deram início a um bate cabeça no qual o vocalista participou enquanto cantava.

“Isso aqui é um show de rock”, fez questão de afirmar, caso ainda houvessem dúvidas. “Ah, e o Bolsonaro que se foda também”, acrescentou.

Com as cordas da guitarra estouradas e muitas palmas, a Molho Negro deixou o palco.