Bastidores de Lost incluíam racismo, machismo e toxicidade com atores e roteiristas, segundo o livro Burn It Down
Lost, um dos maiores sucessos da televisão norte-americana nos anos 2000, teve bastidores tóxicos expostos pelo livro Burn It Down: Power, Complicity and a Call For Change in Hollywood. A autora Maureen Ryan utiliza o exemplo da série para comprovar como as indústrias televisiva e do cinema afetam a saúde de atores, escritores e outros profissionais.
Ryan entrevistou integrantes do elenco e roteiristas de Lost, incluindo Harold Perrineau, Monica Owusu-Breen e Melinda Hsu Taylor, conforme noticiado pelo Collider. Trecho do livro foi disponibilizado antes do lançamento pela Vanity Fair.
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Um dos exemplos do racismo praticado nos bastidores é o destino dado a Perrineau. Após reclamações do ator sobre personagens não brancos estarem sendo deixados de lado, além do uso de esteriótipos raciais, os showrunners Damon Lindelof e Carlton Cuse encerraram o seu contrato de integrante regular do elenco.
Owusu-Breen e Hsu Taylor revelaram comentários racistas e bullying com na sala dos roteiristas - o principal motivo para a alta rotatividade da função. Ainda segundo os relatos, a série ficou conhecida no meio pelo ambiente tóxico, mas o comportamento era perdoado pelo grande sucesso que Lost atingiu.
Procurado para comentar as acusações, Damon Lindelof afirmou que havia "um alto grau de insensibilidade" na produção da série e admitiu o próprio erro em não evitar esse tipo de situação: "Com meu nível de inexperiência como um gerente e chefe, meu papel era de alguém que não deveria proporcionar um clima de risco criativo, mas sim de segurança e conforto dentro do processo criativo - eu falhei nessa tarefa."
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