Em cinqüentenário, cantora planeja quatro shows no Brasil
Mãe, diretora de cinema, cantora, compositora, dançarina, atriz...Madonna chega aos 50 anos em plena forma: são 11 discos na bagagem, dois filhos, um casamento com o cineasta Guy Ritchie e dezenas de estilos adotados durante os seus 25 anos de carreira. Madonna é conhecida como a rainha do pop - e ao que parece, ainda pretende permanecer no posto por muito tempo.
Madonna Louise Veronica Ciccone nasceu no dia 16 de agosto de 1958. Passou a infância em Detroit, com os pais e quatro irmãos (um deles, Christopher, está lançando uma biografia sobre Madonna - veja mais aqui). Desde cedo, já dava sinais de que queria seguir a carreira artística. A princípio, a dança era seu objetivo.
Foi pensando na carreira nos palcos como bailarina, que Madonna mudou-se para Nova York, em 1977. Na Big Apple, a garota, então com 19 anos, acabou desviando suas atenções para o meio musical. Entrou para o Patrick Hernandez Revue, um grupo disco liderado pelo cantor de mesmo nome. A partir daí, Madonna nunca mais deixou a música.
Lembrada pelos que a conheceram no início da carreira por sua ambição (leia a primeira entrevista da cantora para a RS EUA aqui), Madonna não esperou que alguém a "descobrisse": sempre buscou contatos no meio artístico. Iniciava parcerias que acreditava serem importantes para o alcance do reconhecimento. Depois de se unir a Hernandez, ela seguiu para Paris. Deixou o grupo, tornou-se baterista em outra banda (ao lado do namorado Dan Gilroy); terminou com Gilroy, engatou um romance com o baterista Stephen Bray - e formou outro grupo. Foi quando o par começou a produzir sozinho, que Madonna começou a distribuir demos. Uma delas caiu nas mãos de um produtor nova-iorquino, que acabou se tornando uma ponte entre a Madonna e gravadora Sire Records, que lançou o primeiro disco da futura musa.
Madonna tinha em sua lista de músicas as faixas "Borderline", que ficou no TOP 10 nos EUA, e "Lucky Star", que chegou à quarta posição. Mas foi Like a Virgin (1984), segundo álbum da carreira, que levou a cantora ao estrelato. Madonna tornava-se um ícone com a faixa título e o single "Material Girl".
Mesclando música, visual e ousadia na performance, ela seguiria em frente com álbuns de grande vendagem: True Blue ("True Blue", "Papa Don´t Preach"), Who's That Girl (trilha do filme de mesmo nome, estrelado por ela), Like a Prayer ("Like a Prayer", "Express Yourself"). Os ares sexy de seus vídeos também a tornavam uma artista única, lembrada não só pela música, mas pela personalidade e coragem de protagonizar clipes como o da música "Justify My Love", lançada na coletânea The Immaculate Collection. Por seu "conteúdo sexual", chegou a ser banido da MTV (dois anos depois, em 1992, Madonna causaria ainda mais polêmica com o lançamento do livro Sex, no qual ela e modelos - homens e mulheres - posaram para fotos eróticas).
Hoje, inúmeros hits e estilos depois, Madonna está prestes a sair em turnê com seu mais recente álbum, Hard Candy. Depois de ter flertado com o techno em Ray of Light (no visual, em alguns momentos apostando em influências indianas, como no clipe de "Frozen"), com o eletro em Music (adotando o estilo cowgirl) e com a dance music em Confessions on a Dance Floor (lembrando as polainas da era disco no clipe de "Hung Up"), Madonna agora buscou inspiração no hip hop, tendo como produtores o requisitado Timbaland, Pharrel e Justin Timberlake.
Tudo indica que a mãe de Lourdes Maria, Rocco e David Banda (nascido no Malauí e adotado pela cantora) deve vir pela segunda vez ao Brasil ainda neste ano. A Time 4 Fun, produtora que negocia shows da cantora por aqui, afirma que não pode confirmar nada de forma oficial, mas acredita-se que a diva já tenha shows marcados no Rio de Janeiro (14/12) e São Paulo (18, 20 e 21/12).