Assata Shakur é acusada pela morte de policial em 1973
A madrinha de Tupac Shakur foi descrita como a terrorista mais procurada do FBI, se tornando a primeira mulher na lista e apenas a segunda terrorista doméstica. Joanne Chesimard, conhecida como Assata Shakur, foi condenada em 1977 pelo assassinato do policial Werner Foerster em Nova Jersey. Depois de condenada, ela escapou da prisão em 1979 e voou até Cuba.
O FBI afirma que adicionou Assata à lista porque é “um perigo contra o governo” que continua a incentivar a revolução e o terrorismo contra os Estados Unidos. “Ela é perigosa para o governo norte-americano”, disse Aaron T. Ford, agente da FBI responsável pelo caso, segundo noticiou o jornal The New York Times. A procurada era uma integrante do grupo Pantera Negra, que esteve na mira do governo nos anos 60 e 70.
Foerster foi assassinado no dia 2 de maio de 1973, depois que ele e um colega foram abordados por Assata e mais dois indivíduos enquanto dirigiam. A FBI aponta ela como a responsável por atirar e começar uma troca de tiros que vitimou também um dos parceiros de Assata. Ela mesmo, inclusive, levou um tiro no ombro.
Apoiadores de Assata afirmam que o ferimento a impediu de atirar, e que seu posiciionamento como mais procurada do FBI é oportunismo da entidade que aproveita o aniversário de 40 anos do assassinato de Foerster, assim como aproveita o burburinho causado pelos atentados em Boston.
“Não há evidência de que ela causou a morte ou sequer estava envolvida no tiroteio”, afirma Lennox S. Hinds, 73, que advogou em favou da ré no caso. “A alegação de que Sra. Shakur é uma terrorista é infundada. A tentativa a esta altura de transformá-la em terrorista é para inflamar o público que não está familiarizado com os fatos.”
A recompensa pela captura de Assata Shakur é atualmente de US$ 2 milhões.