Katherine Jackson acusa de negligência a AEG Live, empresa que promoveria as apresentações do cantor em Londres
Katherine Jackson abriu um processo na Corte de Los Angeles contra a AEG Live, um braço da Anschutz Entertainment Group, empresa responsável pelos 50 shows que Michael Jackson realizaria em Londres a partir de julho do ano passado. De acordo com o que a agência Reuters reportou na última quarta, 15, a mãe do artista alega que a AEG colocou seu "desejo por enormes lucros" à frente da saúde e segurança de Michael. O Rei do Pop morreu em 25 de junho de 2009.
Ela culpa a produtora por não ter providenciado cuidados e equipamentos necessários que poderiam ter evitado a morte de seu filho. "As ações e inações da AEG levaram à morte de Michael Jackson em 25 de junho de 2009", diz o processo, que alega negligência, quebra de contrato e fraude. O documento ainda afirma que a empresa não alterou a rotina extenuante de ensaios do músico mesmo depois que ele chegou para trabalhar aparentando estar drogado e desorientado nos dias anteriores à sua parada cardíaca.
De acordo com a declaração de Brian Panish, advogado de Katherine, "o propósito desse processo é provar para o mundo a verdade a respeito do que aconteceu com Michael Jackson de uma vez por todas", e a exigência é de indenização por danos e prejuízos. A ação ainda cita que Prince Michael, filho mais velho do Rei do Pop, teria visto o pai morrendo e sofrido um grande trauma e abalo emocional.
O médico Conrad Murray, contratado pela AEG para cuidar da saúde do astro, está sendo processado por homicídio culposo e negligência, mas a produtora não havia sido citada na ação judicial. Foi Murray quem deu a Michael o poderoso sedativo Propofol - com a intenção de ajudá-lo a dormir bem -, que acabou ocasionando uma parada cardíaca que levou à morte do cantor.