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Måneskin é a salvação do rock? [ENTREVISTA]

Em São Paulo, Måneskin faz show energético e prova que o rock nunca esteve morto

Måneskin em São Paulo (Foto: Ricardo Matsukawa / Mercury Concerts)
Måneskin em São Paulo (Foto: Ricardo Matsukawa / Mercury Concerts)

Damiano David (vocal), Victoria De Angelis (baixo), Ethan Torchio (baterista) e Thomas Raggi (guitarra), subiram no palco do espaço Unimed em São Paulo na última sexta-feira (09) como quem acabara de voltar de férias. Questionei: "Vocês têm muita energia no palco! De onde vem essa inspiração? Não se sentem nervosos?" 

"Na verdade, não, nós vemos isso como diversão, é a energia do público e a música que nos alimenta" respondeu Victoria despreocupada.

No camarim, a primeira coisa que se vê é uma pilha de caixas de pizzas, ao lado, roupas e malas abertas espalhadas pelos quartos. É o cenário da passagem de uma banda de rock em turnê. Os italianos Måneskin estiveram no Rio de Janeiro no dia anterior e tocaram antes do show principal da noite no Rock in Rio, o Guns N' Roses. 

Em São Paulo, fãs sentados na frente do estacionamento aguardavam ansiosamente qualquer possibilidade de encontro com a banda, entre os funcionários do local, ouvia-se cochichos como "os fãs não sabem que eles já estão aqui." 


Måneskin: a banda de rock da Geração Z

Há quem diga que o rock está morto, mas para o Måneskin não faz diferença. No palco, os integrantes sabem performar. Com roupas chamativas, sensuais e atitude, todos ali se relacionam com a música de forma quase sexual e hipnotizam o público.

Maneskin em São Paulo
Måneskin em São Paulo (Foto: Ricardo Matsukawa / Mercury Concerts)

Alguns diriam que é a salvação do rock mainstream, já os saudosistas que é so mais uma banda produzida para os jovens, no entanto, na plateia havia fãs de todas as idades que cantavam a letra inteira de todas as faixas, inclusive as italianas. 

"Sempre foi muito natural escrever músicas em italiano e em inglês, é sempre muito bom cantar na nossa língua em outros países. Gostamos de manter os dois," explica Victoria.

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Os quatro integrantes têm entre 20 e 23 anos, fazem parte da Geração Z. Não à toa que foi no TikTok que a banda ficou conhecida com cover de "Beggin" em seguida lançaram "I Wanna be your Slave" e construíram sua base de fãs.

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Durante os shows, o Måneskin gosta de tocar alguns covers, entre eles estão The Stooges, The Who, Queen e ... Britney Spears. A faixa "Womanizer" foi tocada para os fãs de Guns N' Roses na abertura do show no Rio de Janeiro.

"Nós tocamos Britney porque é a Britney," afirma Damiani.

Com apenas seis anos de carreira, o Måneskin emana tranquilidade. Os integrantes se conheceram na escola, em Roma. Em 2017 participaram do programa The X Factor italiano e se destacaram com a música "Chosen". O grupo não venceu em primeiro lugar.

Em 2022, a banda está em turnê pela América Latina, foi destaque no VMA e quando questionados sobre como enxergam o Måneskin daqui pra frente, responderam rapidamente:

A gente quer ser a banda principal em todos os festivais"