As músicas costuram a história do longa que trata de relacionamentos e marca a estreia de Marina Ruy Babosa no cinema
As músicas são o fio condutor do filme Todas As Canções de Amor, aposta do cinema nacional que estreia nesta quinta, 8, dirigido por Joana Mariani, protagonizado por Marina Ruy Barbosa e Bruno Gagliasso, com direção musical da Maria Gadú.
O longa tem sua história costuradas por músicas – quase todas brasileiras – e são essas canções as responsáveis por dar vida ao relacionamento de dois casais que dividem o mesmo apartamento, mas em épocas diferentes.
Em Todas As Canções de Amor, a música funciona como um quinto personagem principal e é um dos elos entre todos os personagens.
Leia Também: Filme Todas As Canções de Amor é uma sensível e emocionante surpresa do cinema nacional
As músicas do filme são de Gilberto Gil, Rita Lee, Leandro & Leonardo, Cazuza e uma versão inédita do clássico “I Will Survive”, feito por um time de estrelas da nova música brasileira, como Liniker, Iza, Nina Maia e a própria Gadú.
Com participação especial de Gilberto Gil, o longa ainda traz um show do músico.
Abaixo, leia a entrevista da Rolling Stone Brasil com a Maria Gadú.
Como você entrou no projeto de Todas As Canções de Amor?
A Joana Mariani [diretora] me convidou há um ano e meio, quando ela estava tirando o filme do papel. Participei desde o início e era uma meta pessoal, um sonho dela, uma mistura de projeto pessoal com ficção. E então estamos trabalhando juntas desde então, somos bem amigas. Tem sido super massa.
Como foi ser diretora musical do filme?
Eu já estou muito acostumada porque este é meu sexto longa. Acho que as pessoas tem uma visão bem machista de que uma mulher cantora é só uma cantora. Temos que amplificar as mil funções que uma pessoa pode ter dentro de uma produção: musicista, produção musical, diretora. A gente fica com esse estigma na cabeça de cantora que só canta.
Qual foi o critério de escolha das músicas do Todas As Canções de Amor?
A Joana e eu fomos escolhendo juntas. Enquanto muitas canções eram pessoais e ela foi dividindo isso com os roteiristas, as outras nós fomos encaixando e procurando a ilustração sonora para poder, por exemplo, montar uma fita para se despedir, amando.
Qual das músicas você considera a mais triste?
Têm várias! Porque essa fita é um panorama muito amplo do Brasil. Têm compositores que marcaram a minha vida em diversos momentos diferentes.
E qual a música que você mais gostou?
Ah, foi muito interessante fazer uma versão de “I Will Survive”, que é um clássico e passa por várias etapas na vida da gente. Todo mundo já se divertiu ouvindo, foi a parte mais legal.
Como surgiu a ideia de gravar “I Will Survive”? Como foi?
Foi demais, gravamos com a ideia de redenção. Apesar de trazer a ideia de dois casais, o filme traz a perspectiva da mulher dentro da relação, e a gente a queria uma canção que trouxesse a mulher. A Jo ama “I Will Survive” e a gente percebeu que tem a versão da Gloria Gaynor, e essa é icônica, mas está ligada ao movimento homossexual masculino, né? Depois, tem o Cake quem cantou, então é o homem heterossexual masculino.
E como foi a escolha das cantoras Liniker, Iza e Nina Maia?
Criamos uma versão da perspectiva feminina, para ocupar todos os lugares que as mulheres ocupam. A Liniker e a IZA, por exemplo: são mil tipos de empoderamentos diferentes. Elas são maravilhosas, foi uma delícia estar com elas. Às vezes estamos cantando essa canção, e não percebemos as minúcias da letra. Quando gravamos, eu percebi tudo o que a Gloria quis dizer.
Tracklist de Todas as Canções de Amor: