"Achava que ao matá-lo me tornaria alguém", disse o criminoso, que teve pedido de liberdade condicional negado pela sexta vez
Atualizada em 25/12, às 23h27
Mark Chapman, o assassino de John Lennon, falou sobre alguns dos motivos que o levaram a matar o ex-beatle durante depoimento à Comissão de Liberdade Condicional do estado de Nova York. As declarações foram divulgadas nesta sexta, 17, pela BBC.
"Eu não estava pensando direito", disse ele. "Tomei uma decisão terrível de acabar com a vida de uma pessoa por motivos egoístas. Achava que ao matar John Lennon me tornaria alguém e, no entanto, acabei virando um assassino, e assassinos não são alguém." Ele ainda comentou que sua vida mudou graças a Jesus. "Eu o conheço, ele está comigo, está comigo agora. Está me ajudando a falar com você agora. Sem ele não sou nada", afirmou. Ele ainda comentou que possuía uma seleção de famosos que queria matar, incluindo nomes como o do apresentador Johnny Carson e o da atriz Elizabeth Taylor. O de John Lennon, contudo, ocupava o topo da lista.
O criminoso foi condenado a cumprir entre 20 anos e prisão perpétua por ter matado Lennon a tiros em dezembro de 1980, em frente ao edifício Dakota, em Manhattan, onde o músico morava. No dia 7 de setembro, o sexto pedido de liberdade condicional lhe foi negado pela Comissão, que se baseou, entre outras coisas, nestes depoimentos de Chapman. "A libertação continua inapropriada neste momento e incompatível com o bem-estar da comunidade", informou a junta que avaliou o assassino. Após 29 anos detido, ele deverá esperar agora até agosto de 2012 para tentar sair da cadeia novamente. Desde que cumpriu pena mínima, Chapman tenta a cada dois anos obter liberdade condicional (a primeira aconteceu em 2000 e as demais em 2002, 2004, 2006 e 2008).