O renomado cineasta foi convidado para ser produtor do longa de Todd Phillips, mas negou
Martin Scorsese, em entrevista ao Hollywood Reporter nesta semana, comentou sobre a polêmica que causou ao dizer que não gosta dos filmes da Marvel, e também sobre a sua relação com Coringa, de Todd Phillips (ele foi convidado a produzir o longa, mas negou).
“Pensei muito sobre isso nos últimos quatro anos, sobre Coringa, e eu decidi que não tinha tempo para isso,” explicou, sobre a decisão de não ser produtor. No lugar, indicou Tillinger Koskoff, que já trabalhou com o cineasta antes. E tanto isso quanto as inspirações de Phillips fizeram de Coringa um filme que é “a cara” de Scorsese.
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“Você está certo, é de fato influenciado pelos meus filmes. Todd me disse, ‘Marty, é no seu estilo’, mas de qualquer forma, não me envolvi por razões pessoais”, explicou Scorsese. Em Coringa, notam-se influências claras de longas do cineasta veterano, como Taxi Driver e O Rei da Comédia(e todo o cinema setentista, diga-se de passagem).
Mas, enfim, ele acha que Coringa foi um filme “que parece um parque temático,” como o diretor classificou os longas de herói? “[Coringa] é diferente de filmes de heróis,” garantiu Scorsese. “Bem diferente. Filmes de heróis, como eu disse, são outra forma de arte. Eles não são fáceis de fazer, há muitas pessoas talentosas envolvidas, e as pessoas jovens realmente gostam deles. Mas, eu realmente acho que são uma extensão de parque de diversões.”
Porém, acha que um filme foi o bastante - principalmente por ser uma história “pé no chão”: “Não sei se daria o próximo passo, que é o personagem se desenvolver dentro de um personagem de quadrinhos. Isso se desenvolve em distração. Não quer dizer que é uma arte ruim, mas não é para mim.”