Segundo os representantes do diretor, um novo acordo entre as partes havia sido assinado no ano passado
Martin Scorsese se pronunciou sobre o processo da Cecchi Gori Pictures, que afirma que investiu US$ 750 mil em um filme que o diretor deveria ter feito, mas ainda não saiu do papel.
“É chocante para nós que os advogados da Cecchi Gori Pictures tenham iniciado um processo com alegações tão absurdas, considerando a amigável relação existente entre Martin Scorsese e os diretores da Cecchi Gori Pictures”, informou um comunicado liberado pelos representantes do cineasta.
De acordo com o processo da Cecchi Gori, Scorsese concordou há mais de 20 anos em dirigir Silence, informou o The Hollywood Reporter. Scorsese deveria ter iniciado o filme, baseado em um romance do autor japonês Shusaku Endo, depois que terminasse de gravar Kundun (1997). O cineasta assinou acordos para adiar as gravações de Silence para que pudesse fazer Os Infliltrados (2006), Ilha do Medo (2010) e A Invenção de Hugo Cabret (2011), mas nunca pagou as multas pelo atraso – cerca de US$ 1,5 milhão por filme.
Agora, a produtora afirma que ele decidiu dirigir Wolf of Wall Street, um filme com Leonardo DiCaprio e Jonah Hill, em vez de Silence. “A Cecchi Gori não pode permitir que seus direitos sejam ignorados ou comprometidos por parte de atrasos de Scorsese e da Sikelia [produtora dele]”, está escrito no processo.
Já os representantes do diretor dizem que “as alegações são completamente contraditórias e inconsistentes em relação aos termos de um acordo feito entre as duas partes no ano passado”. O comunicado ainda declara que iniciar um processo judicial justo antes de Scorsese iniciar as gravações de um novo filme “tem todas as características de um golpe de mídia”.