Cultuada série se despede do público brasileiro nesta segunda-feira, 18
O criador de Mad Men, Matthew Weiner, usou uma maneira sensata e direta para falar ao The New York Times sobre a expectativa dos fãs e dele para o capítulo final da série, que será transmitido neste domingo, 17, nos Estados Unidos, e na segunda, 18, no Brasil (às 21h, pela HBO). “Detesto dizer isso: eu não sinto como se eu devesse alguma coisa a alguém”.
Elenco e criador de Mad Men falam sobre a última temporada da série.
“Tenho tido sorte de nos deixarem entrar na casa de vocês, mas nós cumprimos nossa parte do acordo até aqui. Nós realmente cumprimos e fizemos um grande e cuidadoso esforço para surpreender, deliciar e conduzir tudo cuidadosamente”.
Weiner está profundamente ciente do tipo de propósito que um final precisa servir, mas também percebe que muito disso depende do tipo da série. Breaking Bad, por exemplo, levantou um dilema – Walter White vive ou morre? – e teve que dar uma resposta. Mas outros, como The Sopranos (na qual Weiner trabalhou) tinham um desfecho mais aberto.
“Esse não é o mesmo tipo de história”, afirma Weiner, diferenciando The Sopranos de Breaking Bad. “Essa nunca foi a promessa. Então, em termos de as pessoas sentirem agora que eu não estou cumprindo uma promessa, tudo o que eu posso dizer é que estamos contando uma história. Essa é a conclusão natural da história”.
A despeito de toda a comoção que naturalmente será criada depois de o final ir ao ar, Weiner não planeja se esconder. Ele diz que assistirá ao último episódio com o elenco e a equipe de Mad Men em um evento especial organizado pelo diretor Jason Reitman, que regularmente reinterpreta episódios do show em atos ao vivo. Reitman e companhia irão colocar todos em um carrossel de nostalgia com performance de “The Wheel”, o episódio final da primeira temporada.
“Se você faz o seu encerramento bem, é um grande encerramento. Não é uma reflexão da série inteira, mas é um grande encerramento. Algumas vezes eu quero sentar do seu lado e te dizer o que isso quer dizer, mas realmente espero que seja uma experiência que as pessoas não precisem decodificar. Espero que elas queiram falar entre elas sobre isso. Não preciso que elas falem comigo”.