Local terá arquivos da carreira do escritor de It: A Coisa e ficará disponível para pesquisadores e acadêmicos
Leitores entusiastas (com as credenciais adequadas) logo poderão ter a chance de passar um tempo na mansão de Stephen King em Bangor, Maine - embora ele, provavelmente, não vá estar por lá.
Na noite desta quarta, 16, o Conselho da Cidade de Bangor aprovou um pedido de King e de Tabitha, esposa do escritor, para transformar o terreno da casa em um lugar sem fim lucrativos, permitindo que se transformasse em um arquivo do trabalho do autor (oferecendo visitas restritas e com hora marcada) e permitindo a entrada de cinco escritores por vez. O casal não estava presente na reunião. Nos últimos anos, a família passou a maior parte do tempo na estrada, ou na Flórida, ou em Oxford County, de acordo com o advogado, Warren Silver.
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“Estamos começando os planejamentos para montar um retiro para escritores na casa, e vamos oferecer hospedagem para até seis pessoas por vez,” escreveu King em seu Facebook na sexta, 18. “Ainda vai demorar um ou dois anos para começar a funcionar. E os arquivos, antes na Universidade do Maine, estarão acessíveis para visitantes cadastrados. Não vai ser um museu e não será aberto ao público, mas os arquivos estarão disponíveis para pesquisadores e acadêmicos.”
“A família King foi incrível para a cidade de Bangor e doou, literalmente, milhares de dólares para várias causas da comunidade,” um dos conselheiros da prefeitura, Ben Sprague, disse à Rolling Stone EUA. “Preservar o legado dele por aqui é importante.”
“Não queriam que a casa virasse Dollywood ou algum tipo de atração turística,” David Gould, oficial de Bangor, disse ao New England Cable News. “Isso traria todo o tipo de gente para a vizinhança, e tem mais gente que mora lá.”
A casa, porém, virou ponto turístico nos últimos anos. Fãs param a toda hora para tirar fotos na frente do local, uma mansão vermelho sangue com um portão ornamental decorado com todo tipo de criatura alada.
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Em uma declaração em 1983, feita para a Sociedade Histórica de Bangor, King explicou que quando se mudou para a casa, a ideia de IT: A Coisacozinhava na mente dele. O livro aconteceu na cidade ficcional de Derry, próxima a Bangor.
“Eu tinha um livro enorme em mente, que eu esperava que lidaria com a maneira que mitos, sonhos e histórias começam a fazer parte do dia a dia de algumas cidadezinhas dos EUA,” escreveu, detalhando como visitou a biblioteca da cidade para pesquisar a história. Descobriu que existiam 12 volumes sobre a cidade, mas nenhum muito bom.
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Quando King disse para a esposa que queria escrever uma história que acontecesse na cidade, ela ddise “maravilha! Que nem aquele cara, Ben Ames Williams! Que cara legal ele era! Ficou lá sentado todos os dias por um verão inteiro. Era tão agradável e educado… Quem imaginaria as coisas horríveis que ele escrevia.”
Williams era um novelista americano que também escrevia contos e, talvez por coincidência, dividia o nome com o personagem Ben Hanscom, de IT: A Coisa, um visitante frequente da biblioteca de Derry.