William R. Ackerman foi contratado pela empresa AEG Live, processada pela família do cantor
A situação financeira de Michael Jackson na época de sua morte não era das mais favoráveis. Pelo menos é o que disse em tribunal William R. Ackerman, contador forense contratado pela produtora AEG Live como testemunha de defesa. Segundo ele, em 2009 o músico tinha entre US$ 400 e US$ 500 milhões em dívidas.
“Ele gastava muito em joias”, disse o contador, que listou outras despesas em presentes, viagens, móveis, peças de arte e doações à caridade. Outro item que demandava grande investimento do cantor era o “mini-parque temático”, como descreveu Ackerman, Nerveland – os gastos incluíam equipe para manter um zoológico e um trem que atravessava a propriedade.
O especialista indicou ainda que em 1993 o músico tinha débito em US$ 30 milhões – o número subiu para US$ 140 milhões em 1998 e para US$ 170 milhões em 2009. A situação teria se agravado porque desde 2007 o faturamento do cantor despencou.
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O depoimento fez parte do processo movido pela mãe do cantor, Katherine Jackson, contra a produtora AEG Live para investigar o envolvimento da empresa, que contratou o médico Conrad Murray, na morte do cantor. Murray foi condenado a quatro anos de prisão por ter dado a Michael uma dose fatal do anestésico Propofol.
Ackerman afirmou que recebeu cerca de US$ 825 mil para trabalhar no caso e estudar as condições financeiras de Michael, e a AEG Live investiu US$ 1,5 milhão para contratar especialistas na área, segundo noticiou o jornal Los Angeles Times. Os estudos podem ser importantes para amenizar a responsabilidade da empresa nos danos causados à família do cantor.