Cineasta trabalha em dois roteiros de ficção e afirmou que o recente Capitalismo - Uma História de Amor pode ser seu último documentário
Michael Moore pode estar prestes a dar um tempo na carreira de documentarista. Não que o cinema tenha sido relegado a segundo plano em sua vida - mas seu próximo projeto pode ser um filme de ficção, revelou o diretor, em entrevista ao jornal norte-americano The Detroit News.
Moore foi radical: afirmou que seu mais recente documentário, Capitalismo - Uma História de Amor, pode também ser o último. Ao menos por um tempo. "Enquanto filmava este filme, fiquei pensando que ele pode ser meu último documentário."
E o cineasta já fez seus avanços na área da ficção. "Estive trabalhando em dois roteiros pelos últimos dois anos. Um é comédia; outro, um mistério. Eu realmente quero fazer isso", disse um dos documentaristas mais bem-sucedidos dos Estados Unidos, sem dar detalhes sobre os futuros projetos. Ficou faltando, ainda, explicar a decisão de deixar o mundo dos docs de lado - ao menos por ora, se é que isso vai acontecer.
Três produções de Moore - Tiros em Columbine (que levou, em 2003, o Oscar na categoria), Fahrenheit 11 de Setembro e S.O.S. Saúde - estão, nos EUA, entre os seis documentários mais assistidos de todos os tempos, de acordo com o site especializado Box Office Mojo. Fahrenheit, em que o democrata milita contra a gestão do presidente republicano George W. Bush, rendeu a maior bilheteria doméstica do gênero: US$ 119 milhões.
Capitalismo - Uma História de Amor, doc que põe a crise mundial na reta de fogo, tem estreia prevista para 2 de outubro. Não por concidência, a data marca um dia após o aniversário de um ano da aprovação do megapacote de US$ 700 bilhões (R$ 1,35 tri) para livrar Wall Street, o epicentro da economia norte-americana, da quebra total. Clique aqui para assistir a teaser do filme.