Em entrevista, Morgan Freeman também comentou importância de representatividade nas telas
Ator de filmes como Se7en - Os Sete Crimes Capitais (1995), Um Sonho de Liberdade (1994) e Todo Poderoso (2003), Morgan Freeman opinou como o Mês da História Negra, comemoração anual que acontece em outubro, e termo "afro-americano" são "insulto."
Durante entrevista à revista The Sunday Times’s Culture, Freeman comentou as opiniões dele sobre raça. "Duas coisas que posso dizer publicamente que não gosto. O Mês da História Negra é um insulto," afirmou. "Você vai relegar minha história a um mês?"
Além disso, 'afro-americano' é um insulto. Não assino esse título. Os negros tiveram títulos diferentes desde a palavra que começa com 'N' e eu não sei como essas coisas pegam tanto, mas todo mundo usa 'afro-americano.'
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"O que isso realmente significa? A maioria dos negros nesta parte do mundo são mestiços. E você diz África como se fosse um país quando é um continente, como a Europa," continuou. Como comparação, o ator disse que as pessoas falam sobre ítalo-americanos em vez de se descreverem como euro-americanos.
Em outro momento da conversa, Morgan Freeman falou sobre representatividade, seja nos cinemas ou séries de televisão. Quando começou a atuar, Hollywood estava prestes a acabar com o Código Hays, conjunto de normas morais aplicadas aos filmes lançados nos Estados Unidos - um dos itens era “ridicularização do clero” e relacionamentos inter-raciais.
Quando eu era criança, não havia ‘eu’ nos filmes. Se houvesse um homem negro em um filme, ele era engraçado. Até que Sidney Poitier veio e deu a jovens como eu a ideia de que 'beleza, sim, eu posso fazer isso.'
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"A mudança é que todas as pessoas estão envolvidas agora. Todos. LGBTQ, asiáticos, negros, brancos, casamentos inter-raciais, relacionamentos inter-raciais," complementou Freeman. "Todos representados. Você vê todos eles na tela agora e isso é um grande salto."