Ela havia sido diagnosticada com câncer no pulmão direito há seis meses
Morreu na madrugada desta quarta, 9, a atriz e diretora Norma Bengell. Ela tinha 78 anos e estava internada no Hospital Rio Laranjeiras, no Rio de Janeiro, para tratamento de um câncer no pulmão direito, diagnosticado há seis meses. Ela estava no CTI do hospital desde o último sábado, 5.
Um amigo da família, Angelo, disse em entrevista ao portal UOL que a artista estava bastante debilitada nos últimos dias e já não reconhecia mais ninguém.
Nascida no Rio, Norma Aparecida Almeida Pinto Guimarães D'Áurea Bengell começou a carreira como vedete aos 16 anos. Em 1959 lançou um disco e estreou no cinema com a comédia O Homem de Sputinik. A partir daí, seguiu carreira como atriz de teatro, televisão e cinema, tendo estrelado longas como o vencedor da Palma de Ouro O Pagador de Promessas, A Casa Assassinada , A Idade da Terra (foto), de Glauber Rocha, o argentino Sócio da Alcova e o italiano Mafioso. Ela entrou para a história do cinema brasileiro por ter feito a primeira cena de nu frontal. Isso aconteceu em Os Cafajestes, de 1962, quando ela tinha 26 anos.
Apesar, de ter investido mais na carreira de atriz, ela não largou a música, tendo gravado mais discos e feito participações em trabalhos de outros artistas. Chegou a subir ao palco em shows de nomes consagrados da bossa nova, como Tom Jobim, João Gilberto, Vinicius de Moraes e Roberto Menescal.
Além de atriz e cantora, Norma fez nome como diretora, tendo dirigido em 1988 Eternamente Pagu, seu primeiro longa. Depois disso ainda vieram O Guarani e o documentário Infinitamente Guiomar Novaes.
O velório será realizado nesta quarta, 9, a partir das 18h, no Cemitério São João Batista, Botafogo, Rio de Janeiro.