Premiado, ele ficou conhecido por estilo experimental e menos melódico
Considerado um dos maiores nomes da história do jazz, o saxofonista Ornette Coleman morreu nesta quinta-feira, 11. De acordo com o The New York Times, o músico estava internado no Beth Israel Hospital, em Nova York, onde sofreu uma parada cardíaca.
Em 2014, Festival North Sea Jazz Festival levou ecletismo musical ao Caribe.
Após acompanhar diversos músicos, Coleman ganhou fala com o disco The Shape of Jazz to Come, de 1959, apontado por críticos como uma obra essencial para a criação do free jazz, vertente experimental do gênero.
Caetano e Gil farão show conjunto no Festival de Jazz de Montreux, na Suíça.
Coleman nasceu em 9 de março de 1930, no estado norte-americano do Texas. "Na primeira vez em que vi um cara tocar um saxofone, eu não sabia o que era. E alguém me disse que aquilo era um instrumento de sopro. Então, pedi um para minha mãe, mas ela me disse que se eu desse um jeito de conseguir um dinheiro, eu mesmo poderia comprar um. Então, construí uma caixa de engraxate e fui para as ruas 'cheirar uns pés'", contou o músico em depoimento publicado no site oficial dele.
Orrin Keepnews, produtor de jazz quatro vezes ganhador do Grammy, morre aos 91 anos.
O artista foi homenageado em 2007, quando foi condecorado com um Grammy pela obra produzida, dois meses depois, foi a vez de Coleman receber o Prêmio Pulitzer pelo álbum Sound Grammar (2006).
Em entrevista à Associated Press, o norte-americano explicou o conceito do premiado registro: "De todas as línguas que os seres humanos falam no planeta, há um único tipo de gramática. Para mim, tocar música é analisar essa gramática".
Conhecido pela experimentação, o saxofonista afirmou que nunca quis ser famoso: "Nunca pensei em ser esperto; só pensei em ser bom”.