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Notícias / JUSTIÇA

Mulher que acusa Jay-Z e Diddy de estupro confirma inconsistências em relato, mas mantém processo

Jay-Z voltou a negar as acusações, enquanto Sean 'Diddy' Combs permanece aguardando julgamento por outros casos semelhantes

Redação Publicado em 14/12/2024, às 13h37

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Sean 'Diddy' Combs e Jay-Z em 2020 (Foto: Kevin Mazur/Getty Images for Roc Nation)
Sean 'Diddy' Combs e Jay-Z em 2020 (Foto: Kevin Mazur/Getty Images for Roc Nation)

A mulher que está acusando Jay-Z e Sean "Diddy" Combs de estuprá-la quando ela tinha apenas 13 anos, confessou que existem inconsistências no processo, conforme informou a NBC News.

O processo chegou, originalmente, à Justiça de Nova York em outubro deste ano, citando apenas Combs como réu e com dois nomes ocultados. No dia 8 de dezembro, o documento foi alterado e incluiu Jay-Z, cujo nome real é Shawn Carter.

Segundo o documento, a mulher, cuja identidade não foi revelada, alega que o crime aconteceu quando ela participou de uma festa após o MTV Video Music Awards, em 2000. Ela teria sido estuprada por Combs e Carter enquanto uma terceira celebridade observava. 

Na acusação, a suposta vítima afirmou que estava tentando entrar no evento enquanto ficava do lado de fora do Radio City Music Hall vendo artistas chegarem. O motorista de uma limousine teria parado e dito à criança que ela "se encaixava no que Diddy procurava" e que poderia ir à afterparty

Ao chegar na festa, a garota teria assinado um acordo de confidencialidade e sido drogada por meio de uma bebida. Em seguida, ela teria sido estuprada por Jay-Z e, depois, por Combs

"O réu, ao lado de seu amigo e colaborador de longa-data Shawn Carter (também conhecido como Jay-Z), drogou e estuprou uma garota de 13 anos em uma festa após o Video Music Awards de 2000", diz o processo. "Outra celebridade ficou e assistiu enquanto Combs e Carter se revezavam para abusar da menor."

Agora, em entrevista à NBC News, a mulher confessou que "cometeu alguns erros" ao relatar a suposta situação ocorrida há 24 anos. Ainda assim, ela disse que as inconsistências não tornam seu relato falso. 

Entre as incoerências, a autora do processo afirmou que foi buscada pelo pai após sofrer o estupro, mas ele disse que não se recorda disso. A celebridade com quem a mulher diz ter conversado durante a festa também garantiu que não estava em Nova York naquele dia. Além disso, imagens daquela noite mostram Jay-Z e Combs em lugares diferentes daqueles descritos pela suposta vítima. 

Jay-Z, que já havia negado a acusação em publicação feita no Twitter, voltou a se defender em declaração enviada à NBC News: "Esse incidente não aconteceu. E, ainda assim, ele entrou com uma ação judicial e insistiu publicamente. A verdadeira justiça está chegando. Nós lutamos A PARTIR da vitória, não PELA vitória. Isso já havia terminado antes mesmo de começar. Esse advogado de '1-800' ainda não percebeu, mas logo perceberá".

Tony Buzbee, advogado responsável pelo processo contra Carter e Combs, também se manifestou em comunicado à NBC News: "O caso foi encaminhado ao nosso escritório por outra firma, que o avaliou antes de nos enviar".

"Nossa cliente continua firmemente convicta de que o que declarou é verdade, dentro das melhores lembranças que tem. Continuaremos a avaliar suas alegações e a coletar dados que as corroborem, na medida em que existirem. Como parte desse processo, a interrogamos intensamente, e ela até concordou em se submeter a um teste de polígrafo. Nunca tive um cliente que sugerisse isso antes", adicionou.

Buzbee completou: "De qualquer forma, sempre fazemos o melhor para avaliar cada alegação apresentada, como fizemos neste caso. Isso tem sido extremamente angustiante para ela, a ponto de ela ter sofrido convulsões e precisado buscar tratamento médico devido ao estresse".