Banda também garantiu que não são cristãos
O Mumford & Sons sabe daquilo que dizem contra eles, mas em uma entrevista com o jornal The Guardian, o grupo de folk inglês respondeu àqueles que questionam a autenticidade da banda, citando Bob Dylan como inspiração. “O problema de autenticidade nunca me afetou”, disse o frontman Marcus Mumford. “Não desde que eu percebi que Dylan, que é provavelmente meu artista favorito, o mais rico para mim, não liga para autenticidade. Ele mudou o nome dele. E se moldou em Woody Guthrie. E mentiu para todos sobre quem ele era.”
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O tocador de banjo Winston Marshall concordou. “Nós somos acusados de inautenticidade pelos instrumentos que tocamos”, afirmou e acrescentou que o guitarrista de blues Peter Green do Fleetwood Mac é outro exemplo de foco desorientado em relação a autenticidade. “Ele é de um distrito de Londres e é um guitarrista incrível de blues. Nada de autêntico nisso, certo?”, disse Marshall. “Mas na verdade é. Ele ama isso. É nisso que ele é bom. Não é como se ele fosse do campo. Não é nada disso que estamos falando”.
E apesar da família cristã de Marcus Mumford e das letras aparentemente espirituais, a banda garante que não são um grupo religioso. “Não somos todos cristão, então por isso não podemos ser considerados uma banda cristã”, garantiu Marshall. “Nós não somos religiosos. Na verdade, nenhum de nós é. Nós somos como o espectro de um fiel”, adicionou o baixista Ted Dwane. “Não conheço muitos artistas que conseguiram levar a carreira sem trazer coisas dessas à tona. Dizer a palavra ‘Deus’ ou ‘Jesus’ – essas coisas acontecem em milhões de músicas de rock.”